O estudo técnico da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra-MT) sobre a construção do túnel no Portão do Inferno, em Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá), destaca o baixo custo de manutenção como um dos principais argumentos para a viabilidade do projeto. Segundo o documento, a estrutura terá pista dupla com acostamento e pavimentação em concreto, o que garante maior durabilidade. A Sinfra reconhece que o investimento inicial será elevado, mas afirma que ele será compensado pelo fim dos recorrentes deslizamentos que demandam limpeza constante da pista e reparos emergenciais.
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“Em síntese, a adoção da solução em túnel é uma decisão de engenharia estratégica que resolve o problema de segurança, promove o desenvolvimento socioeconômico, respeita o valioso patrimônio ambiental e paisagístico da região e entrega ao Estado de Mato Grosso uma infraestrutura moderna, segura e resiliente para as próximas gerações”, afirma trecho do estudo.
A segurança aos motoristas também é apontada como fator determinante. A Sinfra explica que o túnel substituirá as atuais contenções de encostas, que expõem os usuários a áreas de risco. O documento ressalta ainda que a estrutura será instalada em um trecho com rochas de alta resistência, independentemente das condições climáticas. O cenário é oposto ao atual, em que chuvas intensas frequentemente obrigam à interdição da estrada.
“O tráfego é desviado por um traçado subterrâneo, em rocha competente, isolando-o de forma definitiva de qualquer evento de instabilidade superficial”, diz o estudo.
Outro benefício destacado é a menor intervenção no solo, sobretudo quando comparada ao retaludamento que exigiria cortes profundos nos paredões do Portão do Inferno, dentro do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. Segundo a análise técnica, essa alternativa causaria impacto visual irreversível e prejudicaria a atividade turística, ao “desfigurar permanentemente a paisagem icônica” da região.
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