O Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT) entrou com uma representação de intervenção no Ministério Público Estadual (MPE-MT) contra a Prefeitura de Cuiabá e a Empresa Cuiabana de Saúde. Conforme o presidente do sindicato, Adeildo Lucena, os médicos que atuam no município estão sem receber o salário há mais de três meses.
Para o Sindimed, a medida é ‘drástica’, mas foi necessária, depois de ocorrerem seis operações policiais na pasta da prefeitura, além dos médicos estarem sem salário, não haver concurso público e ainda existir o corte de vagas.
“É uma situação caótica, esquisitíssima. Eu não sou advogado e nem precisaria ser para ver que a situação é muito ruim para o médico, pois o valor pago é abaixo do mercado, além dos atrasos salariais, que são de quatro, cinco meses. É inadmissível”, disse o presidente do sindicato.
Em uma desses operações, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) chegou a ser afastado do Palácio Alencastro, em novembro de 2021. Neste afastamento, o Executivo municipal realizou um processo seletivo para a contratação de novos profissionais para a Saúde.
No pedido de intervenção, o sindicato aponta diversas irregularidades jurídicas praticadas não só pelo prefeito, mas também pela Secretaria, quando houve ex-secretários afastados nas operações policiais.
Para Adeildo Lucena, essas operações e afastamentos dos gestores levaram à precarização nas condições de trabalho aos profissionais de saúde, incluindo o atraso no pagamento dos salários. Ele ainda comentou que os profissionais estão falando em ‘abandonar’ o emprego, pois é impossível viver sem dinheiro, com atraso salarial acima de três meses.
O advogado e assessor jurídico do Sindimed, Bruno Alvares, informou que, além de todo o ‘caos’ que está na Saúde, ainda existem denúncias e processos internos por assédio moral nas unidades, por parte de funcionários da empresa.
Por fim, o sindicato contesta que foram retiradas cerca de 300 vagas destinadas a médicos do edital do concurso público para a Saúde na Capital. Segundo ele, o ato foi contrário ao que ficou acordado na Comissão em que o Sindimed estava participando. Na ocasião, ficou concordado que seriam 465 vagas para médicos.
OUTRO LADO
Procurada pela reportagem do HNT, a Prefeitura de Cuiabá informou que se manifestará através de nota, ainda sendo elaborada. O espaço segue aberto.
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