Professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aprovaram o indicativo de greve, tendo como principal motivo o reajuste salarial, durante assembleia geral da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), nesta quinta-feira (14). A posição aprovada será levada para a reunião do Setor das Federais do Sindicato Nacional, em Brasília e, caso seja também aprovada, uma nova assembleia será marcada para a definição do início da paralisação. Técnicos-administrativos da instituição já estão em greve.
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O indicativo de greve foi aprovado com 38 votos favoráveis e apenas 10 contrários. Os docentes aprovaram também a inclusão, na pauta de reivindicações, da recomposição do orçamento das universidades. A professora Alair Silva falou que a categoria não tem reajuste há anos e com a sinalização de que este ano também não devem ter aumento no salário.
“Não se pode cair na falácia de que o governo não tem recursos, porque, se não tivesse, não trataria outras categorias de forma diferenciada (as chamadas exclusivas do Estado). Essas categorias conseguem suas reivindicações sempre pela sinalização da greve”, apontou.
Outra professora, Lélica Lacerda, avaliou que, apesar de o Partido dos Trabalhadores ter um discurso mais progressista e práticas não fascistas, ele está praticando um orçamento financeiro pior do que do governo Jair Bolsonaro, e o cenário continua sendo de dificuldades.
O professor Breno Santos afirmou que há diversos motivos para a realização da greve, entre eles, declarações de políticos desvalorizando os servidores públicos.
“A declaração dada pelo Rui Costa recentemente, de que só precisa fungar o cangote do servidor público para conseguir alguma coisa seria motivo de greve. Mas a mesa de negociação com o governo não avança desde o ano passado. Além disso, o governo deu uma orientação clara para que não haja manifestações para denunciar o golpe de 64. Além disso, se o ministro da Educação, Camilo Santana, que tem agenda toda semana com o setor privado não consegue sentar para negociar com o Andes-SN, o maior sindicato de professores da América Latina, o que a gente faz? É grave”, concluiu.
A assembleia geral, em Brasília, está marcada para dia 22 de março.
TECNICOS-ADMISTRATIVOS EM GREVE
Seguindo uma orientação nacional da Federação de Sindicato de Trabalhadores Técnicos-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasill (Fasubra), os técnicos-administrativos da UFMT aderiram a greve nacional e já paralisaram as atividades nesta quinta.
Entre as inúmeras reivindicações da classe estão reajuste salarial, melhores condições de trabalho. O primeiro dia de paralisão dos técnicos-administrativos foi marcado por manifestação em ruas do entorno da UFMT e panfletagem em uma das entradas da instituição que foi fechada para impedir a circulação de veículos dentro do campus.
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