A Polícia Civil de Mato Grosso está dando apoio à Polícia Civil do Paraná na 'Operação Volta às Aulas', que investiga uma quadrilha suspeita de falsificar diplomas e históricos escolares de cursos de ensino à distância.
PJC
Polícia cumpre mandado de prisão na residência do dono do Instituto Brasileiro de Ensino à Distância (Ibed)
A ação acontece em 11 cidades do Paraná, Rio de Janeiro e Mato Grosso. Na manhã desta quarta-feira (22), três alvos foram presos em Cuiabá. Dois são moradores do bairro Araés e outro no bairro Bom Clima.
Um dos envolvidos seria membro do Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso. Os outros são empresários que promovem cursos à distância. Cerca de 350 alunos usaram os diplomas e certificados para, por exemplo, realizar matrículas em universidades. Esses estudantes estão sendo investigados para saber se tinham ciência do esquema criminoso.
O delegado Lindomar Tóffoli, titular da Delegacia Fazendária, que está contribuindo com as prisões em Cuiabá, os alunos nem estudavam ou chegavam a concluir o período escolar. “Eles apenas pegavam os diplomas falsos e davam entrada em matrículas universitárias”, disse o delegado.
O delegado Marcelo Magalhães Pereira, responsável pela operação em Mato Grosso, identificou com exclusividade ao HiperNotícias os três presos nesta manhã na Operação Volta às Aulas.
Trata-se de Edson Luiz Carvalho, que é membro da Câmara de Educação Profissional e Superior do Conselho Estadual de Educação. Ele é responsável pelo segmento das instituições privadas de Ensino Superior. Edson também é empresário e possui um Centro Educacional em Cuiabá por nome de Ceduc.
Arquivo Pessoal / Reprodução
Richtelle Rogério, Hugo Leonardo e Edson Carvalho são os presos desta fase da Operação Volta às Aulas
Nessa empresa, Edson é sócio de Hugo Leonardo Davi, que também foi preso nesta manhã. Além deles, o também sócio e parente de Edson, identificado como Richtelle Rogério de Carvalho Porto, também teve mandado de prisão cumprido em seu desfavor.
A casa dos três também sofreu busca e apreensão feito pela Polícia Civil. Conforme o delegado Marcelo, através da empresa Ceduc, eles distribuíam documentos que continham informações falsas sobre histórico escolar e cobrava um valor por isso.
Esse esquema envolvia outras pessoas, porém os chefes aqui em Mato Grosso são os três presos desta manhã. Eles irão ficar detidos temporariamente no Centro de Ressocialização de Cuiabá até que as investigações sejam concluídas.
Essa já é a segunda fase da operação Volta às Aulas. Em resumo, a ação visa combater o crime de falsificação de diplomas e históricos escolares de cursos de ensino à distância.
No total são 42 mandados judiciais, sendo 9 de prisão temporária, 9 de condução coercitiva e 24 de busca e apreensão.
Até às 07h30 desta quarta-feira, três prisões haviam sido cumpridas no Rio de Janeiro, três em Mato Grosso e uma em Curitiba.
O ESQUEMA
Segundo a Polícia Civil, o esquema funcionava da seguinte forma: os alunos interessados pagavam o valor para fazer uma prova em um dos cursos investigados. Na sequência, essas instituições mandavam a prova e a documentação dos alunos para cinco entidades, entre elas o Instituto Brasileiro de Ensino a Distância (Ibed).
Depois, as entidades criavam uma pasta falsa com históricos escolares e outros documentos e enviava para a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed) para a autenticação dos documentos.
Outras oito entidades, que não tinham autorização para emitir os certificados, também são alvo da operação. “Os cursos que não tinham autorização recorriam aos que eram credenciados para obter, mediante pagamento, os diplomas e certificados”, segundo o delegado Renato Bastos Figueroa. Ele disse ainda que os documentos não têm validade e que “muitos alunos nem sequer realizaram as provas para serem graduados”.
As cidades alvo da operação no Paraná são: Curitiba, Pinhais, São José dos Pinhais, Ponta Grossa, Piraí do Sul, Guarapuava, Londrina e Maringá. No Rio de Janeiro: Nova Iguaçu e capital. EmMato Grosso: Cuiabá.
Atualizada às 09h10
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