“Nossa única arma é parar, para que o governo sinta “na carne” a falta do trabalho dos servidores,”, frisou o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente (Sisma) Orcarlino Alves, durante a mobilização do Fórum Sindical, em frente a secretária de Gestão, na manhã desta terça-feira (17).
Os manifestantes buscam um posicionamento imediato do Executivo para o pagamento do Reajuste Geral Anual (RGA) ainda no mês de maio, porém o Governo já afirmou em várias reuniões que não tem condições orçamentárias para efetuar o repasse na data cobrada.
O argumento apresentado pelo secretário de Gestão, Júlio Modesto, é de que o pagamento da recomposição acarretaria no atraso da folha de pagamento dos servidores. “A dignidade do servidor público está vindo em primeiro lugar”, salientou o secretário, durante reunião realizada nesta segunda-feira (16).
Modesto já sinalisou que no início de junho, o Estado irá apresentar uma nova proposta para o pagamento do reajuste, porém os sindicalistas não aceitaram esperar até o próximo mês.
As justificativas apresentadas pelo Estado não tem convencido os servidores, assim como os números apresentados durante os encontros tem sido amplamente contestados. “Se a crise fosse o problema, outros setores não estariam implantando o RGA. Não estamos pedindo esmola, nem nada extra”, ressaltou o presidente do Sisma.
Além de questionar o repasse, os servidores também ressaltaram os incentivos fiscais concedidos dos quais a maioria apresenta irregularidades e estão sendo oferecidos à empresas que não estão cumprindo seu papel social.
“Se está apertado deveria ter planejado melhor e cortado já esses incentivos”, afirmou o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais da Carreira dos Profissionais de Desenvolvimento Econômico e Social (Sindes), Adolfo Grassi.
Com as palavras de ordem “RGA Já” e faixas com dizeres “não vai ter calote”, “Senhor Governador, nós existimos” e Mentira tem perna curta, reposição de perdas não é reajuste” entre outras frases de efeito, os cerca de mil manifestantes, da capital e do interior, se concentraram em frete a secretaria, onde deliberaram pelo indicativo de greve a partir do dia 24.
Entre as 32 categorias que compõe o Fórum Sindical, apenas duas ainda não realizaram assembleia para definir sobre o indicativo. O Sindicato dos Servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Sinetran) e Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública (Sintep) e Mas que terão definição na próxima semana.
Da frente da secretária, os servidores caminharam até a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) onde encerraram a manifestação.
Com a paralização de 24 horas, apenas 30% dos servidores de cada categoria permanecem atendendo ao público. “Não é brincadeira, buscamos justiça. Não pense que estamos felizes [com a greve], pois não estamos. A população não merece isso”, salientou o presidente do Sindes.
De acordo com a legislação estadual, em maio, o governo deve fazer a reposição referente à inflação do ano anterior. Os salários deverão ser reajustados conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de janeiro a dezembro de 2015, que foi de 11,27%.
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Servidor do Detran 17/05/2016
Uma correção: o Sindicato do Servidores do Detran já fez sua assembleia sim, foi um dos primeiros inclusive.
1 comentários