O Ministério da Saúde emitiu um alerta para que estados e municípios intensifiquem a vigilância e as ações de prevenção contra o sarampo, diante do aumento de casos confirmados no país. Até a 38ª Semana Epidemiológica de 2025 (29 de setembro a 5 de outubro), foram registrados 34 casos da doença no Brasil. Entre os estados em situação mais crítica, Mato Grosso foi oficialmente classificado como em surto, ao lado de Tocantins e Maranhão.
O surto em Mato Grosso teve início no município de Primavera do Leste (332 km de Cuiabá), onde três pessoas da mesma família foram diagnosticadas com sarampo. Nenhuma delas havia sido vacinada. A origem da infecção está relacionada a uma viagem recente à Bolívia, país que enfrenta um surto ativo da doença. Diferentemente dos casos no Maranhão e Tocantins, os registros em Mato Grosso não têm ligação com a comunidade de Campos Lindos, epicentro do surto no Tocantins.
Dados da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) mostram que, em 2025, a cobertura vacinal da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) caiu para 91,2% na primeira dose e 74,6% na segunda, abaixo da meta de 95% estipulada pelo Ministério da Saúde. Essa queda compromete a imunidade coletiva e facilita a reintrodução do vírus no país.
A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, alerta que a falta de percepção de risco por parte da população tem sido um dos principais entraves à vacinação. “O sarampo antes entrava e encontrava todo mundo vacinado e não causava surto. Agora ele chega e encontra várias pessoas suscetíveis”, afirma.
O cenário internacional também é preocupante. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre janeiro e 9 de setembro de 2025, foram confirmados 164.582 casos de sarampo em 173 países. Nas Américas, foram 11.691 casos, com destaque para Canadá, México e Estados Unidos. Na América do Sul, a Bolívia registrou 320 casos, o que reforça o risco de importação do vírus por viajantes brasileiros.
Diante do surto em Mato Grosso e da ameaça de reintrodução do sarampo no Brasil, o Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação e da vigilância ativa. A população deve estar atenta aos sintomas, febre, manchas vermelhas na pele, tosse, coriza e conjuntivite, e buscar atendimento médico imediato em caso de suspeita. A imunização continua sendo a principal barreira contra o avanço da doença.
* Com informações da Agência Brasil
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