Dez estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) correm o risco de serem expulsos após participarem de uma festa manifesto dentro da unidade entre os meses de abril e julho deste ano.
A ‘Festa Clandestina’, como foi denominado o evento, teve a presença de mais de três mil pessoas no estacionamento e integrantes da reitoria indiciaram os alunos por estarem participando de diversas mobilizações.
“Eles nos indicaram porque disseram que estamos promovendo crimes contra a UFMT”, contou uma estudante que está correndo o risco de ser expulsa da UFMT, Rayssa Alana Pinheiro Moraes, aluna do curso de Serviço Social.
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“Não. As festas eram e são proibidas e por isso fizemos o nosso protesto. Eles estão acusando de arruaça quem subiu no telhado da biblioteca para ver o luar”, disse Alana Pinheiro.
O professor do curso de Medicina, Alexandre Machado, comentou que processar alunos e ameaçar de expulsa-los dos cursos é uma tentativa forçada de os calar.
“Isso é um processo de cala boca para a população não saber o que de verdade eles proíbem. Nós do conselho de docentes apoiamos uma intermediação com diálogo, porém, por enquanto só estamos vendo um lado agir e os alunos ficando no impasse se continuam ou deixam o curso”, falou o professor.
POLÊMICA
Na denúncia feita pela reitoria da UFMT está uma informação que houve uso de entorpecentes e álcool, o que foi negado entre os participantes.
“Até uma pedra que foi quebrada acidentalmente durante a festa nós pagamos. “Ninguém aqui badernou e agora querem nos tirar da sala de aula? Não se pode mais protestar?”, indagou a aluna de serviço social Alana Pinheiro.
“As pessoas tem que entender que queremos apenas o arquivamento dos processos entre os alunos e que o reitor tenha ciência que o tempo da ditadura acabou”, argumentou o professor de medicina. Ainda existe uma possibilidade de entrega da denúncia de perseguição aos estudantes à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), o que deve gerar mais polêmica sobre o caso.
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