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Cientista brasileira vence o "Nobel da Agricultura" e entusiasma o agro mato-grossense

Mariangela Hungria é premiada mundialmente por pesquisas que revolucionam a produção sustentável da soja no Brasil

MARICELLE LIMA
Da Redação

O reconhecimento internacional da pesquisadora brasileira Mariangela Hungria, da Embrapa Soja, com o Prêmio Mundial de Alimentação de 2025, considerado o “Nobel da Agricultura”, foi recebido com entusiasmo e orgulho por lideranças e referências do agro em Mato Grosso. Para o vice-presidente da Aprosoja-MT, Luiz Pedro Bier, e o presidente do Instituto Pensar Agro, Nilson Leitão, esse prêmio simboliza não apenas o mérito pessoal de Mariangela, mas também a validação do caminho que o Brasil vem trilhando ao investir na ciência, na tecnologia e na sustentabilidade da produção agrícola.
Ambos destacam que o avanço da agricultura brasileira, especialmente em Mato Grosso, está diretamente ligado à pesquisa científica, que torna possível produzir mais, com menos impacto ambiental e menor dependência de insumos externos.

“O sentimento é de imenso orgulho. A gente recebe essa notícia como uma confirmação de que estamos no caminho certo. A Mariangela Hungria vem trabalhando há anos na pesquisa com biologia aplicada à agricultura, e isso tem sido fundamental para a eficiência da nossa produção. O Brasil é pioneiro no uso de agentes biológicos para controle natural de pragas e aumento da produtividade, e nós, da Aprosoja, enxergamos nesse horizonte o futuro da agricultura. Esse prêmio não é só dela, é da agricultura brasileira e de todos os produtores que acreditam em uma agricultura cada vez mais sustentável e tecnológica, respeitando a natureza”, destacou Luiz Pedro Bier, vice-presidente da Aprosoja-MT.

Na mesma linha, Nilson Leitão, presidente do Instituto Pensar Agro, classificou o prêmio como um reconhecimento “fantástico e, mais do que merecido, para quem representa uma revolução silenciosa, mas extremamente eficiente da ciência na agricultura brasileira”.

Leitão lembrou que, na década de 1970, o Brasil era importador de alimentos e que foi justamente a ciência com a criação da Embrapa que possibilitou a transformação do país em uma potência agrícola. “Mariangela simboliza isso. Esse prêmio emociona e enche de orgulho, pois representa o reconhecimento mundial de que a agricultura brasileira, baseada em pesquisa e tecnologia, é uma das mais sustentáveis e produtivas do mundo. Ela é uma entre tantas Mariangelas, entre tantos pesquisadores e pesquisadoras que fazem do Brasil uma referência global. Hoje somos um dos poucos países do mundo que conseguem ter mais de uma safra anual, aumentar a produtividade sem necessariamente ampliar áreas plantadas. Isso é resultado direto da pesquisa, da tecnologia e da inovação”, afirmou Leitão.

PARA MATO GROSSO

O reconhecimento do trabalho de Mariangela Hungria ecoa diretamente no coração do agronegócio brasileiro, especialmente em Mato Grosso, que lidera a produção nacional de soja. Segundo dados citados no artigo da consultora Tatiana Monteiro, o estado tem previsão de crescimento econômico de 5,8% em 2025, impulsionado principalmente pela soja, que deve ter uma expansão de 24,6% em comparação com 2024.

Esse avanço só é possível graças à ciência aplicada à agricultura. Como ressalta Tatiana, “a Embrapa tem papel decisivo nesse processo, contribuindo para que Mato Grosso se transformasse em uma das maiores potências agrícolas e pecuárias do mundo”.

O prêmio reforça que a produção sustentável, baseada na inovação científica, não é apenas uma possibilidade, mas uma realidade que gera desenvolvimento econômico, segurança alimentar e preservação ambiental. “Parabéns a todas as ‘Mariangelas’ da ciência brasileira, que com dedicação, competência e visão de futuro, tornam o Brasil e, especialmente, Mato Grosso, referência mundial em sustentabilidade, produtividade e inovação no campo”, conclui Tatiana em seu artigo.

O PRÊMIO

O Prêmio Mundial de Alimentação (World Food Prize) é considerado o mais importante reconhecimento internacional na área da segurança alimentar e sustentabilidade agrícola. Criado em 1986, é frequentemente chamado de “Nobel da Agricultura”, por reconhecer pessoas cujos trabalhos resultam em melhorias significativas na qualidade, quantidade ou disponibilidade de alimentos no mundo.

Em 2025, Mariangela Hungria se tornou a primeira mulher brasileira a conquistar essa honraria, graças às suas pesquisas focadas na utilização de bactérias do gênero Rhizobium para reduzir a dependência de fertilizantes químicos na agricultura, especialmente na cultura da soja. Essas bactérias estabelecem uma relação simbiótica com as plantas, fixando o nitrogênio atmosférico e tornando-o disponível para as culturas, o que resulta em maior produtividade e menor impacto ambiental.

Na prática, exemplo citado por Mariangela, se a produção de soja no Brasil dependesse exclusivamente desses insumos químicos, o custo seria superior a US$ 25 bilhões por safra, inviabilizando economicamente a cultura, além de gerar graves impactos ambientais, como emissão de gases de efeito estufa e poluição de rios e lagos.

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