Uma música que critica Donald Trump se tornou hit na Somália, com milhares de cidadãos repetindo sua letra que encoraja a não sentir medo perante as acusações feitas pelo presidente eleito dos Estados Unidos contra a comunidade do país .
A cantora da diáspora somali Deeqa Adan Muse, conhecida como Deeqa Afro, chama, em ritmo de pop africano, a comunidade de imigrantes que vive nos Estados Unidos a não se render perante Trump, que em várias ocasiões relacionou o terrorismo à imigração.
Durante a campanha eleitoral, o candidato republicano criticou a chegada aos EUA de um grande número de somalis e encorajou os americanos a se rebelar contra eles porque "alguns se unem ao Estado Islâmico e divulgam seu extremismo por todo o país e o mundo".
Diáspora somali
Com a canção, Deeqa Afro pretende responder às acusações e lembrar aos somalis que "o abuso dos direitos não é possível na América, a Constituição não está reservada para Donald Trump".
A cantora também explica as razões pelas quais a diáspora somali vive refugiada nos EUA. "Quando meu país de origem foi destruído pela guerra civil, a América me acolheu e me deu um lar permanente. Sou cidadã", reivindica.
Definitivamente, a canção lança uma mensagem com a qual milhares de somalis se identificaram. "Donald Trump não maltrate meu povo e não diga palavras que lastimam seus corações".
Com quase 72 mil reproduções no YouTube em pouco mais de uma semana, a canção se transformou em um ícone para a reivindicação entre os somalis e as dezenas de milhares de pessoas que formam a diáspora somali refugiada nos Estados Unidos.
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