- O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) identificou, por meio de satélites, 3.432 focos de calor na Amazônia entre as 21h de domingo, 1, e as 21h de segunda-feira, 2.
- Foi o pior dia de queimadas na Amazônia neste ano, superando os 3.224 focos de calor registrados nesse bioma em 30 de agosto.
Segundo a MetSul, a fumaça produzida por esses incêndios está sendo transportada para o Sul do Brasil por um corredor de vento a cerca de 1.500 metros de altitude, que tem origem no Sul da Amazônia e vai até o Rio Grande do Sul. A corrente transporta ar mais quente, causando aumento de temperatura na metade norte gaúcha.
Em Santa Catarina, o Epagri já constatou a presença de fumaça que, segundo as imagens de satélite, tem origem na Amazônia e de forma geral no Norte do País. O Estado catarinense enfrenta a fumaça no céu desde o mês passado.
"Na segunda semana de agosto já detectamos fumaça, vinda de Mato Grosso e de Minas Gerais", conta a meteorologista do Epagri Marilene de Lima. "As condições meteorológicas dessa época favorecem, o sistema de alta pressão mantém a circulação dos ventos e traz a fumaça para cá", afirma.
Segundo a meteorologista, a fumaça, conduzida pelas correntes de vento, deve continuar sobre os municípios catarinenses até a metade de setembro. "A expectativa é de que, depois, as chuvas ajudem a dissipar a fumaça", prevê.
A MetSul diz que a fumaça deve ficar em suspensão na atmosfera, sem prejudicar de forma significativa a qualidade do ar - isso pode eventualmente ocorrer no Rio Grande do Sul, prevê a empresa. Por estar na atmosfera, a fumaça deixa o céu com tom mais acinzentado e aspecto fosco, e realça as cores do sol ao amanhecer e no fim da tarde.
(Com Agência Estado)
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