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Brasil Quinta-feira, 18 de Dezembro de 2025, 06:30 - A | A

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Quinta-feira, 18 de Dezembro de 2025, 06h:30 - A | A

Diretor de presídio encomendou morte de juiz, diz detento

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

Diretores da Penitenciária Osvaldo Florentino Leite Ferreira, conhecida como "Ferrugem" em Sinop (MT), são apontados como mandantes em uma conspiração para atentar contra a vida de um juiz, um promotor e um defensor público durante uma audiência dentro da prisão em 30 de outubro, às 9h30. O plano teria como executor um integrante do Comando Vermelho, que afirmou ter sido "autorizado" a entrar com um estilete na sala de audiência.

As informações estão em relatório do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, ao qual o Estadão teve acesso. Segundo o documento, Ismael da Costa dos Santos, apontado como líder do CV em Mato Grosso, disse em depoimento aos próprios alvos que a ação teria sido "encomendada" pelo diretor do presídio, Adalberto Dias de Oliveira, e pelo subdiretor Antônio Carlos Negreiros dos Santos. A reportagem não conseguiu falar com os diretores do presídio até a noite de ontem.

A ordem, diz o relato, era para que Ismael avançasse contra o juiz Marcos Faleiros da Silva, o promotor de Justiça Luiz Gustavo Mendes de Maio e o defensor público Érico Ricardo da Silveira na sessão de depoimentos. O motivo seriam inspeções no presídio para apurar denúncias de tortura e violência contra presos atribuídas a policiais penais.

CHUCHO

Ismael afirmou que, para executar o plano, recebeu a promessa de regalias dentro da unidade. Entre os benefícios citados estão a transferência para o chamado "Raio Evangélico", onde os internos têm maior liberdade de circulação, e a garantia de vaga em trabalho externo. O detento teria sido autorizado a entrar na sala de audiência com um estilete artesanal, conhecido como "chucho". Ele afirmou, porém, que decidiu não levar a arma no dia do depoimento.

Na sessão, Ismael demonstrou às autoridades que estava sem algemas nos pés, chamadas de "marca-passo". Em seguida, mostrou que as algemas nos pulsos estavam abertas. Ao girar os braços, elas caíram no chão. O atentado visaria a "descredibilizar" os relatos de tortura.

O relatório aponta ainda que não havia policiais penais perto da sala, apesar de o juiz ter pedido a presença de agentes de escolta. A ausência foi classificada como quebra evidente do protocolo de segurança. Para o Grupo de Monitoramento e Fiscalização, os indícios sugerem que os policiais penais teriam se ausentado deliberadamente.

Em nota, o Ministério Público de Mato Grosso disse que o promotor Luiz Gustavo Mendes de Maio "está bem e trabalhando" e "há uma investigação em andamento" pela Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso. A reportagem não conseguiu contato com o juiz Marcos Faleiros da Silva e o defensor público Érico Ricardo da Silveira.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(Com Agência Estado)

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