Guilhermina de Figueiredo nasceu na rua 13 de junho, em Cuiabá-MT, no dia 05 de junho de 1911, filha de Francisca Izabel de Figueiredo (Dona Feitiço) e João Lourenço de Figueiredo, irmão de Francisca de Figueiredo Martins.
Menina iniciou os seus estudos na Escola Modelo Barão de Melgaço, na capital, onde concluiu o primeiro grau. Como todas, na época, deu sequência aos estudos no Colégio Estadual de Mato Grosso, atual Liceu Cuiabano “Maria de Arruda Muller”, onde realizou o curso normal, seguindo a carreira de professora, na capital.
Em 1937, inicia a carreira do magistério, regendo a cadeira de Língua Portuguesa, na Escola Normal Pedro Celestino, na capital e, em 1943 toma posse, na mesma cadeira, agora no Liceu Cuiabano. Em 1946 assume a mesma disciplina, na Escola Técnica de Comércio, onde se efetivou.
Em 1947 foi eleita a primeira vice-presidente da associação cultural Grêmio “Júlia Lopes”, tendo como presidente Maria de Lourdes de Oliveira e presidente de honra “Maria de Arruda Muller”. Foi a primeira oradora e membro do conselho da associação.
Nomeada por Ato Governamental de 30 de agosto de 1956 para reger cumulativamente a cadeira desdobrada de Português, na Escola Técnica de Comércio de Cuiabá, tomando posse em 06 de setembro de 1956, onde permaneceu até 16 de maio de 1967.
Aos 53 anos de idade foi colocada à disposição por Portaria nº. 36/64, de 23 de janeiro de 1964, da Secretaria de Educação, Cultura e Saúde, do estado de Mato Grosso para fazer um curso de Literatura Moderna na Academia de Letras no estado de Guanabara, atual Rio de Janeiro, com todas as vantagens do seu cargo, no período de 1º de março a 15 de dezembro do corrente ano.
Com idade avançada foi designada a partir de 07 de junho de 1968 da Secretaria de Educação e Cultura para servir na biblioteca e no arquivo público do Estado de Mato Grosso.
Segundo seu irmão o professor Benedito de Figueiredo, Guilhermina era autodidata e como tal aprendeu outras profissões, como por exemplo, música e para aperfeiçoamento fez curso de piano, no Estado da Guanabara- Rio de Janeiro. Era a organista mor da catedral metropolitana de Cuiabá.
Exímia oradora do Grêmio Júlia Lopes e das festividades católicas, em Cuiabá. Poetisa, sempre acompanhou as suas alunas para apresentações na Academia Mato-grossense de Letras, além de exímia pianista.
Considerada uma artista do teclado em Cuiabá. Escritora, deixou livros publicados: “ A Oração”, impresso nas escolas profissionais salesianas, o “ABC da Literatura” e “Lampejos da Alma”, além de colaboradora da revista “A Violeta”. Foi uma das fundadoras da Fundação Pio XII, onde proferia no local, aulas de declamação de poesias. Foi secretária da “União de Moças Catholicas” com sede no asilo Santa Rita, em Cuiabá e, sempre era requisitada para fazer os discursos em festividades religiosas.
Requisitada em festas católicas, colação de grau, sempre se apresentando como paraninfa de várias turmas. Sua presença em avenida pública de Cuiabá está retratada na arte de Léu Pincel, com o monumento “Três Graças”, localizada na Rua Coronel Escolástico, em frente à igreja São Judas Tadeu, na capital, em cujo monumento encontra-se 3 gerações entrelaçadas, nas pessoas das senhoras, a jornalista Luiza de Figueiredo Calhao (Nhalu), das professoras Zulmira Canavarros e Guilhermina de Figueiredo.
Faleceu solteira, a 04 de julho de 1981, aos 70 anos de idade. Dedicou-se seus carinhos a uma dama de companhia, filha de criação, chamada Paula.
(*) NEILA BARRETO é Jornalista. Mestre em História. Membro da AML e atual presidente do IHGMT.
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