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Artigos Segunda-feira, 06 de Outubro de 2025, 10:52 - A | A

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Segunda-feira, 06 de Outubro de 2025, 10h:52 - A | A

JOSÉ MARTINS

Por que o plano de governo não pode ser deixado para a última hora

Prazo final é 15 de agosto de 2026, mas quem começa cedo transforma o tempo em vantagem política e estratégica.

JOSÉ ROBERTO MARTINS

O relógio eleitoral já está correndo. Falta menos de um ano para o 1º turno das Eleições 2026, e um dos maiores erros entre pré-candidatos a governador e a presidente é deixar para a última hora a elaboração do plano de governo.

A lei 9.504/1997 é clara: os partidos e coligações devem solicitar o registro de candidatura até as 19h do dia 15 de agosto de 2026. E como o plano de governo é um dos documentos obrigatórios nesse processo, esse também é o prazo final para sua entrega à Justiça Eleitoral.

O texto legal, porém, não define formato, tamanho ou método de elaboração. E é justamente essa ausência de diretrizes que leva muitos candidatos a produzir o documento de qualquer jeito, muitas vezes copiando trechos de planos alheios ou improvisando propostas sem base técnica ou diagnóstica.

A diferença que o tempo faz

Na prática, quem adia o plano de governo acaba tendo de escrevê-lo em meio à correria da convenção partidária, das alianças políticas e do início da campanha. E aí dificilmente consegue um resultado consistente. O excesso de pressa leva à superficialidade.

Por outro lado, quem inicia o processo com antecedência ganha tempo para levantar dados, ouvir especialistas, entender gargalos e organizar ideias. Esse trabalho prévio se transforma em clareza de propostas, coerência de discurso e confiança na hora de enfrentar o debate público.

Calendário como ferramenta de organização

A melhor forma de evitar improvisos é transformar o calendário eleitoral em um aliado. Trabalhar com um cronograma definido permite distribuir as etapas e chegar à fase final com o documento pronto, revisado e bem estruturado.Um modelo básico pode seguir cinco etapas:

1. Reunir informações essenciais — até 1º de maio de 2026. Levantar dados públicos (IBGE, PPA, relatórios de gestão etc.).

2. Consultar população e especialistas — de 2 a 31 de maio. Ouvir diferentes áreas e territórios para validar percepções e dados.

3. Criar e avaliar propostas — de 1º a 25 de junho. Escrever propostas claras, factíveis e divididas por eixos temáticos.

4. Finalizar e revisar o conteúdo — de 26 de junho a 15 de julho. Consolidar o texto final e revisar junto às equipes técnica e de comunicação.

5. Diagramar e formatar o plano — de 16 a 24 de julho. Preparar a versão definitiva em PDF para entrega ao TSE e divulgação pública.

Mais que obrigação, um bom plano de governo é vantagem competitiva

Cumprir o prazo é obrigação legal. Mas chegar a ele com um documento sólido é vantagem política. O plano de governo não é apenas um requisito do registro de candidatura, é o eixo que sustenta a narrativa e o projeto de governo e contribui para construir a vitória nas Eleições 2026.

Quem organiza o trabalho desde cedo ganha consistência nas falas, segurança nas entrevistas e base para embasar propostas durante a campanha. Mais do que um documento burocrático, o plano de governo é a oportunidade de demonstrar coerência, preparo e respeito ao eleitor.

Em síntese: o prazo de entrega é o mesmo para todos os candidatos. O que muda é a forma como cada um se organiza até lá. E quem começa antes, chega melhor.

(*) JOSÉ ROBERTO MARTINS (Zero) é jornalista graduado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), com pós em Marketing pela FAE Business School e MBA em Comunicação Governamental e Marketing Político pelo IDP Brasília. Atua há mais de duas décadas na criação e redação de campanhas eleitorais em diferentes regiões do país. É autor do blog Plano de Governo, em que compartilha experiências e análises sobre a melhor forma de elaborar um plano de governo eficiente para candidatos a cargos executivos.  

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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