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Artigos Quinta-feira, 24 de Outubro de 2013, 11:28 - A | A

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Quinta-feira, 24 de Outubro de 2013, 11h:28 - A | A

Os empregos da indústria

As condições de trabalho oferecidas por este setor ainda precisam melhorar muito, pois a chamada ‘modernização de processos’ parece não atingir o setor de gestão de pessoas

RONEI DE LIMA





Marcos Lopes/HiperNotícias

O emprego na indústria está em queda. O IBGE mostrou redução de 0,6% entre julho e agosto deste ano, a quarta consecutiva. No cálculo geral, o emprego caiu 1,3% desde agosto do ano passado, em 13 dos 14 locais ouvidos pela pesquisa.


Cabe refletir se isto é resultado de maior ocorrência de demissões. Ou estaria acontecendo a migração de trabalhadores da indústria para outras áreas, como a de serviços, em busca de melhores condições de trabalho ou de um negócio próprio.

Sabemos que as condições de trabalho oferecidas por este setor ainda precisam melhorar muito, pois a chamada ‘modernização de processos’ parece não atingir o setor de gestão de pessoas. Recorrendo à terceirização, ‘quarteirização’ e afins, grandes empresas do ramo delegam a prestadores de serviços a responsabilidade pelo cumprimento da legislação trabalhista, o que na maioria das vezes não acontece. Investir em qualidade de vida ainda é ‘gasto’.

Também é de conhecimento de todos que a indústria ocupa os primeiros lugares nas estatísticas de acidentes e doenças do trabalho, sendo responsável por 47,1% deles entre os anos de 2007 e 2011, segundo o balanço mais recente do TRT-MT. E, apesar de sua pujança e modernidade, mantém a prática arcaica do trabalho escravo e análogo.

Esta migração dos trabalhadores pode estar sendo fortalecida pela maior oferta de qualificação para os trabalhadores, em especial no Ensino Superior. A grande massa, que é formada de pessoas pouco qualificadas, estaria galgando novos patamares do emprego por meio do estudo acadêmico e técnico. Não estaria a indústria perdendo a oportunidade de qualificar estes trabalhadores para mantê-los no setor?

Ou seja, estaria a indústria perdendo trabalhadores por não valorizá-los?

Para o empresariado industrial, este quadro parece não estar trazendo prejuízos. Uma pesquisa recente da Confederação Nacional da Indústria - referente a setembro - mostrou que, mesmo com produção estável em 50,3 pontos - o “índice de satisfação com as margens de lucro” passou de 42,2 pontos em junho para 45,7 pontos em setembro, o mais alto desde o final de 2011.

A indústria parece estar saindo da ‘crise’ financeira. Mas persistem as visões equivocadas sobre o que é mais importante no negócio. A humanização deste processo – com oferecimento de melhores condições de vida a quem trabalha - parece ser utopia. Mas é a única solução possível para que os trabalhadores e a comunidade não sofram as conseqüências.



*RONEI DE LIMA é presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Mato Grosso e vice-presidente da Nova Central Sindical de Mato Grosso (NCST-MT).

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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