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Acontece que junto com este crescimento, ocorre proporcionalmente, o crescimento da geração dos resíduos sólidos desta atividade, conhecido como entulho.
Em diversos pontos das cidades da região também encontrarmos pilhas deste resíduo nas esquinas e terrenos baldios ou em caçambas que também recebem outros tipos de resíduos.
Assim dispostos, tornam-se criadouros de animais peçonhentos e vetores de doenças ou misturados impossibilitam o seu reaproveitamento.
Aqui encontra-se o cerne desta questão. O entulho apresenta grande potencial de reciclagem, porém quando misturado com outro tipo de resíduos, acaba se contaminando e dificultando a sua recuperação.
Nossas caçambas são abertas, nos convidam à depositamos nossos resíduos orgânicos de manutenção de jardins, varrição e restos de alimentos.
A geração de entulho é pelo menos três vezes maior do que a quantidade de resíduos domésticos. Numa obra, cerca de 25% do material que é comprado, se transforma em entulho. Cursos de formação profissional deste trabalhador ajudam a reduzir este volume de resíduo, porém não são suficientes para acabar com o problema.
Para possibilitar o reaproveitamento, o entulho deve ser depositado seletivamente em diferentes caçambas. Assim, sem risco de contaminação, pode-se desenvolver um trabalho de reciclagem e reuso.
O modelo ideal passa por uma obra onde os materiais são jogados em caçambas diferenciadas não possibilitando a mistura e contaminação dos diversos tipos de entulho. Assim, teríamos caçambas para plásticos, isopor, madeira, metais, tintas e cerâmicos, concreto e argamassa, além de uma destinação adequada. Este já é adotado por construtoras conscientes com a sua responsabilidade social e ambiental.
Neste processo estão envolvidos agentes com as Construtoras, os Caçambeiros, a Administração Pública Municipal e a população, cada um com responsabilidade em uma ou mais etapas. As construtoras com geradoras do entulho e consumidoras do material beneficiado. Os caçambeiros encaminhado o entulho para locais adequados para o recebimento e evitando a contaminação deste material. A Administração pública municipal planejando, legislando e fiscalizando este trabalho. A população contribuindo para o perfeito funcionamento do processo e auxiliando a fiscalização através de denuncia de descartes clandestinos.
(*) CARLOS EDUARDO ALVIM é engenheiro sanitarista e diretor da SGA – Sistemas de Gestão Ambiental.
Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br
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