Vivemos tempos sombrios. O Brasil sangra, silenciosamente. Um Brasil dividido, ferido por farpas, dominado por narrativas de ódio, acusações mútuas, mentiras repetidas como verdades. De um lado, os que defendem Lula com fervor religioso; de outro, os que se ajoelham aos pés de Bolsonaro como se fosse um salvador.
Enquanto parte da população se digladia nas redes sociais e nos noticiários, dividida entre as figuras de Lula e Bolsonaro, a nação perde o rumo, a sanidade, o senso de justiça e, até o senso de humor está comprometido. O debate público foi substituído por fanatismo. O contraditório deu lugar à zombaria. A verdade? Essa tornou-se refém de narrativas. O diálogo foi enterrado. Restaram apenas gritos, xingamentos, dedos em riste, e uma pátria esfacelada. A economia está ladeia abaixo, mas ninguém se incomoda. (“Tô nem aí”)
O tarifaço de Trump é mais lenha nessa fogueira. Como se não bastasse a convulsão interna, o tarifaço imposto por Donald Trump, avolumou a guerra política em solo nacional. O aumento das tarifas foi visto, de um lado, como um ataque à soberania nacional, usado agora para alimentar o populismo, estimular um sentimento anti-americano, quando oculta os rombos e a incompetência da atual gestão. Para outros, trata-se de defesa da própria soberania dos Estados Unidos que se viu ameaçada por atitudes e declarações do presidente Lula, de uma política interna, de ajuste de tarifas que Trump está fazendo com todos os países. Há também um Murmúrio de um plano da esquerda internacional para demonizar os Estados Unidos e empurrar o Brasil rumo a um modelo à la Venezuela.
Neste ambiente marcado pela tensão e pela desinformação, ganha espaço o que se pode chamar de “verborragia oportunista”: políticos apressam-se em emitir opiniões, não por compromisso com a verdade, mas em busca de autopromoção. Valem-se da ignorância popular para espalhar acusações sem provas e discursos vazios, sustentados apenas por suposições e insinuações. Tudo isso em nome de votos, ainda que custe a integridade dos fatos e o bom senso.
Nessa guerra de cegos apaixonados, não há vencedores. Só há perda de humanidade, de sensatez, de dignidade. Aqueles que ainda preservam o bom senso sentem-se exaustos. Falar já não convence. Argumentar não adianta. É como lançar pérolas aos porcos.
É inegável que investigações devem ocorrer sempre que houver suspeitas fundadas, e que ninguém está acima da lei, nem ex-presidentes. Porém, o que inquieta boa parte da população é o grau de seletividade, a velocidade e o espetáculo midiático com que certos processos tramitam contra o ex-presidente e seus aliados, enquanto denúncias graves contra figuras do atual governo são frequentemente ignoradas, arquivadas ou tratadas com morosidade e silêncio institucional. (INSS, Ministérios, Estatais, Cartão Corparativo, Primeira dama, etc...).
Em meio à polarização política que atormenta o país, é urgente redescobrir o valor da prudência, da moderação e do silêncio. Sim, o silêncio, aquele que não se omite, mas que se recusa a alimentar o espetáculo da estupidez pública.
Destaco que a sabedoria popular faz coro à Bíblia, ao Alcorão e à filosofia, dizem os mais velhos com simplicidade certeira: “Boca fechada não entra mosquito.”
Esse provérbio, presente no imaginário coletivo brasileiro, revela um princípio universal: nem tudo precisa ser dito. Nem toda provocação merece resposta. Nem toda situação exige opinião.
A Bíblia nos alerta: ““Não respondas ao tolo segundo a sua estultícia, para que também não te faças semelhante a ele.” (Provérbios 26:4) A sabedoria não está em falar mais alto, nem em vencer o debate. Está em saber quando se calar, quando não alimentar a insensatez. Quantos hoje estão cegos por paixões políticas e ideológicas? Quantos idolatram homens e odeiam seus próprios irmãos por causa de eleições?
Responder a quem já decidiu não escutar é descer ao nível da loucura. E muitos têm feito isso diariamente, nas redes sociais, nas rodas de conversa, até dentro das igrejas e das famílias.
O preço? Laços rompidos, amizades destruídas, e uma sociedade cada vez mais partida ao meio.
O Alcorão também clama pela moderação: “Quando os ignorantes lhes dirigem a palavra, dizem: Paz.” (Surata Al-Furqan 25:63) É preciso coragem para não revidar. É preciso fé para não retaliar. O sábio, não grita com ignorantes. Ele responde com paz, com silêncio, com nobreza.
Schopenhauer escreveu: “Discutir com tolos é como dar murros em ponta de faca.” Epicteto alertava: “Poucos escutam para entender.”
Hoje, os debates são monólogos entre surdos. Cada lado só quer confirmar suas certezas, zombar do outro, vencer no grito. Não há busca pela verdade. Há apenas sede de vingança, de autoafirmação.
A palavra de ordem deveria ser prudência, mas muitos preferem correr para os holofotes, ainda que se comportem como estúpidos úteis, marionetes inconscientes de um sistema que se alimenta da polarização, fomenta o caos e despreza a verdade.
QUE DEUS TENHA MISERICÓRDIA DOS BRASILEIROS.
(*) NAIME MÁRCIO MARTINS MORAES é Advogado e professor universitário.
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Terezinha Almeida 17/07/2025
Para escrever está otimo para educar seu filho pelo visto não prestou, pq tudo que vc escreveu ai é o que ele faz na internet
Marcelly 17/07/2025
Parabens por descrever o comportamento inútil do seu filho
Bruno cuiabano 17/07/2025
seu filho só sabe fazer isso ai na internet, corre para os holofotes, se comporta como um estúpido, sendo marionete inconsciente de um sistema que se alimenta da polarização, fomenta o caos e despreza a verdade.
Carlos 17/07/2025
Esta descrevendo seu filho?
4 comentários