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Caiu mais um ministro do governo Dilma Rousseff, no caso o deputado Pedro Novais, que passeava sua bizarrice pela pasta do Turismo. Cinco membros do primeiro escalão em apenas oito meses! Talvez um recorde maldito.
Deixo de mencionar o titular de Ciência e Tecnologia e a de Articulação Política, que balançaram por semanas. E considero inevitável, mais hora menos hora, a demissão do deputado Mario Negromonte do Ministério das Cidades.
Novais começou a praticar deboches antes mesmo de ser empossado. E mesmo assim foi. Deveria ter sido defenestrado há mais tempo. Não deveria ter sido nomeado, aliás.
O esquema fisiológico montado por Lula fez água. O modelo está esgotado. Isso de lotear pastas e cargos comissionados (alguns “rentabilíssimos”) entre o PT e os partidos da chamada base “aliada” é avenida aberta ao aparelhamento e à corrupção. O certo seria a presidente escolher, dentro dessas siglas, os nomes que julgasse adequados ao exercício da função pública. O errado acontece agora: cai Novais e entra Gastão Vieira, também ligado ao presidente José Sarney e também distante de Dilma.
Sempre houve corrupção neste país, infelizmente. Lula, porém, institucionalizou-a. Desmoralizou todas as instituições republicanas.
Viciou os políticos “amigos” no maior “toma-lá-dá-cá” de todos os tempos.
A bomba estourou no colo de Dilma, que não merece ser canonizada de jeito nenhum. Era ministra íntima do poder. Sabia como as coisas se passavam. Elegeu-se apoiada no esquema apodrecido que aí está.
Ainda assim, acho-a menos confortável com a mazorca do que Lula.
Sinto um certo constrangimento nela, em oposição à satisfação com que Lula lida e apoia o que há de pior na política brasileira.
Vejo-a manietada. Seus “aliados” parece até que já a proibiram de pronunciar a palavra “faxina”. Não me espantará se, dentro em breve, ela começar a pedir desculpas públicas a cada demitido do seu confuso governo.
A sociedade parece despertar da letargia que lhe impusera a propaganda fascistizante do governo petista. Eis o dado mais positivo do processo.
Pessoas de todas as idades e credos começam a mobilização pelas mídias sociais e o 7 de setembro já viu muita gente na rua exigindo o fim da corrupção. Dia 12 de outubro, outra vez, marcará o inconformismo de movimento social espontâneo e legítimo, que não suga o FAT nem é juventude “revolucionária” a favor das benesses governamentais.
Volto a escrever, após quase 25 dias acompanhando a luta vitoriosa de minha neta Julia, de dois anos, pela vida e pela inteireza. Meu filho, minha nora e todos da família estão felicíssimos. Julinha está pronta para a alegria e a plenitude.
Agradeço às equipes médicas de Manaus e de São Paulo, que cuidaram da nossa princesa. Agradeço a Deus, a quem recorremos com fervor.
Até domingo.
(*) ARTHUR VIRGÍLIO é Diplomata e foi líder do PSDB no Senado, e escreve para HiperNoticias.
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