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Há certa irresponsabilidade no ar. O desejo de vencer as eleições do segundo turno tem levado os candidatos oposicionistas e situacionistas ao exagero na tentativa de desconstrução do adversário. Mas para os eleitores este ímpeto tem se transformado em ódio do pensamento oposto ao seu.
Alguém poderá dizer: mas nos EUA são duas partes; Democratas e Republicanos. É verdade, mas lá é uma confederação e os estados têm mais liberdade e independência financeira. Aqui somos uma federação e os estados estão integrados. Por isso a ideia de divisionismo ideológico se torna perigosa, pode virar briga de torcida organizada de time de futebol.
Domingo será escolhido “a” ou “o” presidente para governar os próximos quatro anos. Independente de quem vença terá o ódio de parte da sociedade, pois a vitória não será justa. Houve muita mentira, muito desaforo e desrespeito de lado a lado. Inconsequência gerencial dos marqueteiros de campanha.
Tanto os candidatos quanto os aficionados eleitores ultrapassaram o bom senso da disputa eleitoral para conduzir esta nação. Muitas amizades estão sendo desfeitas e nunca mais serão as mesmas. Um forte sentimento de desapreço ao eleitor oponente cresce no país e este será, junto com o governante eleito, crucificado a cada ação impopular ou fraudulenta da próxima gestão.
O marketing político está criando a pátria do ódio. A desconstrução da ex-candidata Marina Silva foi o marco irresponsável e inicial deste processo. No segundo turno Dilma e Aécio pioraram ainda mais. País analfabeto politicamente, terra das vantagens, da corrupção endógena e quadrilheiro por natureza, fica a um passo dos embates públicos e campais.
Gente de um estado irá acusar o outro pela sua derrota, uma região vai discriminar a outra, uma classe social irá menosprezar a outra e o pior: famílias irão se esbofetear pela posição contraria de gente de seu próprio sangue.
Ainda não temos a maturidade para que nossos candidatos possam brincar em campanhas como está ocorrendo nesta. As redes sociais estão sendo o principal veículo da discriminação não da consciência, mas das mentiras, das calunias e dos tantos desaforos verborrágicos desferidos de um grupo contra o outro.
Não temos estudo, maturidade e muito menos consciência suficiente para permitir que o horário eleitoral “GRATUITO” seja o disseminador de uma guerra de paixões. Esta conta da irresponsabilidade alguém vai cobrar mais tarde. Quem sobreviver verá.
* JOÃO EDISOM DE SOUZA é analista político, professor universitário em Mato Grosso e colaborador de HiperNotícias
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Carlos Nunes 23/10/2014
Nesta semana uma pessoa mostrou um trecho de um discurso do Lula...dizendo que a Dilma tem que ganhar DE QUALQUER MANEIRA. É esse DE QUALQUER MANEIRA que é um perigo. É ruim quando tem uma turma que se agarra ao poder, como um pit-bul agarra num osso (experiente tirar o osso da boca do pit-bul, para ver o que acontece). Gostei da propaganda o Aécio Neves, na participação do ator LIMA DUARTE, quando ele diz que já tem 85 anos, e que sempre vota, e que nesta eleição escolheu o Aécio. Tem que haver alternância no Poder, devemos experimentar o governo do Aécio. Chega de PT! O que tinham que contribuir já contribuiram - agora a gente abre a revista Veja e é só corrupção em cima de corrupção; é ex-diretor da Petrobrás, é doleiro, que afirma que os 3% de propina iam para o PT. Olha o que aconteceu com o partido que passou 20 anos, dizendo que só eles eram os mais honestos, os mais éticos, e metendo o pau nos outros.
R.M.C.A.S 22/10/2014
Sábias palavras para leigos como eu, fácil entendimento, compreensão exata do sentimento que estamos trazendo nesses longos meses de campanha. Que acima de qualquer disputa prevaleça a vontade de melhoria que engloba toda a população desse país, que sorrateiramente esta sendo sucateado disfarçadamente pelos grandes e falsos governantes. Acreditamos em um país melhor digno, por isso iremos mudar essa politica de 12 anos mafiosa. Se daqui a 4 anos nada melhorar que tenhamos a sorte de melhores candidatos! Professor João Edisom grande honra ser sua aluna !!!
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