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O suficiente para saber, por exemplo, que cada governante (ao menos, os que passaram por Mato Grosso nos últimos 40 anos) tem seu tempo e modo para agir. De mostrar, enfim, como atua. Uns, mais açodados, correndo contra o tempo; outros esperando a hora certa de fazer as coisas acontecerem.
Nesse contexto, sem citar nomes dos que já passaram, me atenho ao governador Silval Barbosa e o incluo entre os que sabem que a pressa não significa acerto e solução para os problemas com os quais se defronta, cotidianamente, quem tem a responsabilidade maior de governar e traçar diretrizes. O apressado, já diz o ditado, costuma “comer cru”. O que, simbolicamente, equivale a dizer que faz mal suas obrigações e deveres.
Freqüentemente, em conversas com agentes políticos, escuto queixas de que Silval Barbosa demora para tomar decisões e passa a imagem de que estaria indo a reboque dos acontecimentos na esfera pública. Discordo. A meu modesto ver, na prática não é isso que está acontecendo em Mato Grosso. Problemas existem e não são poucos, além de graves. Não é preciso ser nenhum analista (e como tem deles hoje em dia!) especializado em política, basta ter um mínimo de boa vontade e um pouco de senso de observação, para constatar que o governo se esforça para atender demandas reprimidas há décadas em áreas estratégicas e sensíveis, como é o caso da saúde – um setor cuja situação é caótica em Mato Grosso, sendo a face mais visível – e cruel – a tragédia em que se transformou o Pronto Socorro de Cuiabá.
A crise aguda da enferma saúde mato-grossense, obviamente, não foi gerada na atual gestão, vem de décadas de abandono e descaso e, também, não se resolve do dia pra noite, como num passe de mágica. Entretanto, o governo estadual não pode ser acusado de estar inerte e de braços cruzados, sem atentar para a tragédia.
Vem buscando soluções, inclusive com a quebra de paradigmas no gerenciamento de hospitais públicos e fato que tem sido alvo de questionamento e rebeldia por parte daqueles profissionais e funcionários que não aceitam mudanças em práticas administrativas que já provaram estar superadas.
Entre os vários fatores negativos que contribuíram para o caos na saúde, se encontra o forte corporativismo de grandes parcelas que atuam no setor – o que tem levado à omissão e apadrinhamento de profissionais relapsos e negligentes. Ou desonestos. Romper com essa estrutura carcomida e viciada, há que se reconhecer, não é fácil, porém o governo está se dedicando nisso. Quando nada, está tentando saídas como a de entregar a tarefa de gerir os hospitais para entidades técnicas e sem vínculos diretos com o corporativismo que, de uma maneira em geral, rege a saúde pública. E provoca desvios.
Na busca por solução, o governo precisa ter paciência para escutar os contrários à inovação, ser hábil para expor seus pontos de vista, e ter a firmeza para colocar em prática as medidas adotadas. E isso está conseguindo fazer, mas, diante do agravamento do quadro, os resultados, infelizmente, não são imediatos.
E as cobranças e críticas vêm, especialmente por parte daqueles que estão sofrendo dores sem tratamento adequado para suas enfermidades ou acidentes, e devem continuar até com maior intensidade. Pois se trata de pressão legítima que não pode ser confundida com espasmos de defensores do pernicioso “status quo” que contribui para emperrar um atendimento mais ágil na saúde. Chiadeira, aliás, acrescida de ataques de adversários, que quando estiveram no poder não tiveram coragem para colocar o dedo nessa ferida...
Assim, Silval vai se consolidando como o percursor de uma nova era – a do político e do administrador que mais ouve que fala. E sabe agir no momento certo.
(*) MÁRIO MARQUES DE ALMEIDA é jornalista e diretor do jornal/site Página Única. www.páginaunica.com.br. E-mail: [email protected]
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