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Artigos Quarta-feira, 12 de Fevereiro de 2014, 09:10 - A | A

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Quarta-feira, 12 de Fevereiro de 2014, 09h:10 - A | A

A copa e a eleição de 2014

As histórias dos eventos das Copas do Mundo envolto a política nunca foram das melhores. E vitórias de seleções já foram comprovadamente arranjadas

JOÃO EDISOM







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O ano de 2014 terá situações atípicas: as convenções para definição dos candidatos será exatamente no meio do evento da Copa do Mundo, evento realizado no país do futebol, com possíveis manifestações e envolto as emoções da torcida pela seleção brasileira. Fazer política e torcer poderá ser conflitante e os resultados no campo poderão refletir diretamente nos resultados das eleições em outubro.


Confesso aqui meu lado passional: não consigo torcer contra a seleção, portanto com a bola rolando vou torcer, sofrer e vibrar com cada gol, mas sei também que a consciência do brasileiro ficará mais aguçada quando o Brasil perder. Neste caso os governistas estarão com o coração na mão, um fracasso da seleção canarinho reflete direto em quem ocupa poder e foram os promotores do evento.

A ineficiente relação estabelecida entre os governos federal e estadual faz com que as obras para o evento da Copa somada as obras complementares nas cidades sedes estejam em atrasos perturbadores e levando o cidadão normal a loucura; cidade esburacada, desvios mal feitos, trânsito congestionado, prejuízos financeiros de toda ordem mais os bilhões de gastos gritados aos quatro cantos poderão ser esquecidos com uma bela vitória do escrete canarinho, mas poderá também ser vomitado em cima dos governistas com um fiasco da seleção brasileira de futebol.

A sociedade até está aguentado os transtornos, mas se tudo isso eclodir com uma decepcionante campanha da seleção, os possíveis movimentos de rua, o provável fiasco de desorganização durante o evento, as confusões em aeroportos, tapumes e buracos em obras inacabadas poderá virar uma revolta contra a presidência da republica e contra os governadores dos estados promotores. Pesquisas recentes apontam que mais de 50% do eleitor brasileiro é passional, cuja decisão se pauta pela febre do momento, é um torcedor também na politica.

As histórias dos eventos das Copas do Mundo envolto a política nunca foram das melhores. E vitórias de seleções já foram comprovadamente arranjadas. As mais escandalosas foram a vitória da Inglaterra em 1966 e na Argentina em 1978, sem falar da Itália fascista campeã em 1934 e 1938. Governantes sempre usaram o futebol ou outros esportes populares para se promoverem e reafirmar seus modi operandi de governarem. Recomendo o documentário “Memórias de Chumbo”, do jornalista Lúcio de Castro, que retrata bem a Argentina de 1978. Lembrando que a maior seleção de todos os tempos, o Brasil, campeão de 1970 é questionada não pelo resultado, mas sistematicamente pelo uso dos governos ditatoriais brasileiro da época.

Voltando ao cenário de 2014 o governo federal e principalmente os governos estaduais das cidades sede dos jogos da Copa do Mundo estão atolados até o pescoço no enfrentamento com atrasos e obras inacabadas, além de que as obras já concluídas estão sendo questionadas pelos custos e pela qualidade. Tudo isso ficará encoberto caso o Brasil faça uma magnifica campanha. Tudo parece valer a pena. Possíveis transtornos causados em obras, gastos exagerados, obras com defeitos, aeroportos com atrasos poderão ser esquecidos com a empolgação das vitórias.

Podemos fazer o caminho inverso: o amargo do fracasso canarinho nos levará a ter que aturar por mais alguns dias os demais países fazerem a festa aqui, ou seja, se tornarão visitas indesejadas. Diferente dos jogos olímpicos, uma desclassificação da seleção retira o país totalmente da disputa e viramos meros espectadores da festa dos outros. Já pensaram em uma Argentina de Messi campeã? Uma Alemanha fazendo a festa? Uma Espanha impondo seu futebol arte ou mesmo uma pragmática Itália festejando mais um título com sua famosa retranca e a gente fora desta festa? Em quem vamos descontar nossas frustações? Tudo isso culminando com eleições.

Será em função do resultado dos jogos e das possíveis manifestações que os candidatos aprovados nas convenções de junho, tanto da situação quanto oposição irão construir seus discursos. Pode observar que hoje estão todos sem discurso, sem projeto e sem chão. O discurso será construído somente no pós Copa. As consequências do evento dará o tom dos discursos e dos debates que iremos ouvir e assistir nos meses de julho a outubro. Isto poderá ter reflexo direto no resultado das urnas deste ano.


*JOÃO EDISOM DE SOUZA é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador de HiperNotícias.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Alexandre 12/02/2014

Por essas e outras razões que no meu modesto entendimento esse resultado já tá definido. Brasil campeão.

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Carlos Nunes 12/02/2014

Nós, os eleitores, podemos ficar tranqüilos, pois teremos só uma "mentalidade política" - Eleição é igual Departamento de Pessoal, podemos Demitir (não votar) e Contratar (votar) pessoas para nos representar, elas são só NOSSOS EMPREGADOS. Mas para sabermos QUEM CONTRATAR, temos que avaliar os currículos de todos os candidatos, independente de partidos políticos...por isso temos que pedir ao TRE/MT mudar a apresentação dos candidatos no horário eleitoral. Chega do candidato aparecer e só dizer: meu nome é fulano e meu número é tal - isso é perda de tempo e de dinheiro público. A imagem pode ser dividida, de um lado aparecer a foto do candidato e seu número (imprescindíveis para identificá-lo), e do outro, pelo menos algumas linhas de seu currículo, para sabermos Quem é Quem. Todo Departamento de Pessoal avalia currículos, para fazer uma ótima seleção. Já, com referência a Copa 2014, só devemos torcer pela Seleção Brasileira e esperar que ganhe a Copa...senão vai ser um vexame mundial, perder dentro de casa.

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2 comentários

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