O deputado federal Valtenir Pereira (PROS) vai acionar o Ministério Público Federal (MPF) para que os prefeitos de cidades próximas à Gleba Suiá Missú sejam notificados a abrigar as famílias que ficaram desamparadas após desintrusão realizada na região em dezembro do ano passado e em janeiro deste ano.
À época, a medida foi adotada em cumprimento à decisão judicial que devolvia uma área apontada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) como terra indígena Xavante Marãiwatsédé. A terra foi homologada em 1998, mas já estava invadida e, até então, não havia sido devolvida aos indígenas.
Foram despejados dezenas de produtores rurais. Após o ocorrido, os governos federal e estadual se comprometeram a realizar o reassentamento das famílias que atendessem aos critérios e normativas do programa de reforma agrária. A desocupação foi feita pela Força Nacional de Segurança, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal
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Também seriam integradas ao Cadastro Único do governo federal e, por meio deste, poderiam ter acesso aos programas sociais como Bolsa Família, Brasil Sorridente, Brasil Carinhoso, entre outros.
Valtenir, no entanto, garante que até o momento não foi dado nenhum suporte aos desabrigados. Ao anunciar que iria pedir intervenção do MPF, o deputado também criticou o Governo Federal. “Foi um holocausto travestido de democracia”, disparou.
As afirmações foram feitas na manhã desta segunda-feira (28) durante reunião na cidade de Confresa com uma comitiva de representantes da Gleba Suiá Missú.
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Em duas semanas, membros da Força Nacional, Polícia Federal e Polícia Rodoviária, desocuparam a área de 165 mil hectares. No local, haviam plantações de milho, arroz, soja e vários outros cultivos.
O clima foi de tensão e até bombas foram utilizadas dentro do assentamento para impedir qualquer resistência no local.
Quem resistisse a sair de Posto da Mata, onde se concentrava o número maior de pessoas, iria responder pelo crime de desobediência.
(Com informações da Assessoria)
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