O prefeito reeleito em Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) não escondeu a mágoa do partido e fez duras críticas à sigla na manhã desta terça-feira (15), que cogita mudar a presidência do Diretório Municipal. A deputada estadual Janaina Riva foi eleita provisoriamente a nova presidente, no lugar do advogado Francisco Faiad. Entretanto, para Emanuel a troca não seria uma boa ideia: "Tem sentido tirar o partido de um comando vitorioso, leal e companheiro e entregar para o comando derrotado e que traiu o partido? Isso não existe".
Marcus Mesquita
Marcus Mesquita
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O anúncio da troca de comando foi feita na última semana, pelo presidente estadual da sigla, deputado federal Carlos Bezerra (MDB).
“Na verdade, não houve essa passagem do comando. Foi mais uma infelicidade propagar isso, falar isso, só contribui para aumentar tensão em uma relação que está abalada em virtude de uma traição. Não houve isso, o presidente do partido é o Faiad. Os diretórios municipais das executivas provisórias têm até 15 de dezembro, se não me engano, para fazer renovação ou prorrogação de mandatos, mas isso ainda está sendo discutido", disse Emanuel durante entrevista à rádio Metrópole.
Racha no MDB
A traição citada por Emanuel é em razão do período eleitoral em Cuiabá. O gestor, que concorreu o segundo turno das eleições municipais no último dia 29 de novembro contra o vereador Abílio Júnior (Podemos), declarou não ter recebido apoio da própria sigla.
Desde então, o MDB vem sofrendo com desentendimentos internos. Entre as lideranças estavam Janaína que chegou a criticar a identidade partidária do prefeito. Além disso, durante encontro com o governador Mauro Mendes (DEM) com os prefeitos eleitos e reeleitos do MDB, o presidente estadual da sigla, o deputado federal Carlos Bezerra convidou Mendes, rival declarado de Emanuel, para compor a sigla.
Por outro lado, segundo Emanuel, apenas Faiad deu total apoio ao seu projeto eleitoral. "Tem sentido tirar o partido de um comando vitorioso, leal e companheiro e entregar para o comando derrotado e que traiu o partido? Isso não existe. Isso é pedir para poder ter uma crise interna dentro do partido, mas eu não estou nem discutindo e nem vou discutir publicamente isso aí com eles", ressalta.
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Emanuel, no entanto, disse que essa é uma discussão entre a executiva regional e que não se envolverá na questão. "O resultado está aí nas urnas, mas não estou nem entrando nessa polêmica. Essa briga é do Faiad com a executiva regional do partido e eu só coloquei um ponto para reflexão. O Faiad tem que ser o presidente. Vencemos as eleições contra tudo e contra todos, inclusive contra a maioria do nosso partido", completa.
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