O presidente estadual do MDB, Carlos Bezerra, não descartou a possibilidade do advogado Francisco Faiad voltar para o comando do diretório da sigla em Cuiabá. O advogado permaneceu como presidente do municipal até a última quarta-feira (9), quando a deputada estadual Janaína Riva assumiu o cargo. A mudança, no entanto, gerou insatisfação entre parte dos emedebistas.
Nesta quinta-feira (10) estava programada uma reunião entre lideranças do MDB e a ala pró-Faiad, mas o encontro foi suspenso por Bezerra. Apesar do aparente tom autoritário, o deputado federal garantiu que o partido ainda está em conversações e irá ouvir a posição do prefeito reeleito da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB), no próximo domingo (13).
"Nós estamos conversando ainda, vamos ter uma conversa domingo com o prefeito. O retorno de Faiad depende das conversações", afirmou Bezerra ao HNT/HiperNotícias.
O cacique emedebista aproveitou para dissipar os boatos de que Emanuel pode deixar o MDB. Nesta semana, o prefeito teria recebido convites de vários partidos. O próprio prefeito chegou a demonstrar insatisfação com a sigla quando não participou de uma reunião entre o governo do Estado e os prefeitos eleitos e reeleitos pelo MDB. Na ocasião, Emanuel criticou a falta de apoio que recebeu durante a campanha.
Mesmo assim, Bezerra garantiu que não existe possibilidade de Pinheiro deixar a legenda. " Isso não existe, são boatos e isso está sendo resolvido", disse.
Janaína
A deputada estadual, Janaína Riva, do MDB, defendeu a sua posição à frente do diretório municipal do partido. Segundo a deputada, a mudança no MDB de Cuiabá teria o objetivo contrário, o de "apaziguar" os ânimos entre os correligionários.
Desde as eleições, o MDB vem sofrendo com desentendimentos entre suas lideranças. Foi o caso da própria parlamentar, que deixou de apoiar o prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB), em sua corrida à reeleição. À época, Janaína chegou a criticar a identidade partidária de Emanuel, enquanto alguns de seus correligionários, como Faiad, seguia fiel ao gestor.
Apesar dos atritos, a deputada garante que a decisão de entrar no lugar de Faiad não teve cunho pessoal e deve possibilitar o diálogo e o fim das agressões no partido.
"Nós tomamos uma definição com o Bezerra e com a executiva estadual que da forma que estava não poderia ficar. Não estou falando da condução do Faiad pessoalmente (...) Não tem problema nenhum no futuro da gente construir uma chapa diferente, mas em cima de diálogo, de flexibilidade, de transparência, e não dessa forma de ruptura", garantiu.
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