A senadora Selma Arruda (Podemos), que teve o mandato cassado no começo de dezembro do ano passado, gastou R$ 350 mil da Cota para Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP) em 2019. Somente com a divulgação da atividade parlamentar, a juíza aposentada declarou um pouco mais que R$ 130 mil, entre os meses de março a dezembro.
Outubro foi o mês que Selma mais gastou com divulgação. Ela desembolsou R$ 28 mil com pagamento a sites de notícias.
De acordo com dados do Portal Transparência do Senado, o segundo maior gasto por Selma é relativo ao aluguel de imóveis para escritório político, quando foram investidos R$ 88,4 mil, seguido por passagens aéreas, aquáticas e terrestres nacionais quando a senadora utilizou R$ 48,5 mil da verba parlamentar.
Ainda segundo o portal, a senadora cassada aplicou R$ 44 mil com locomoção, hospedagem, alimentação e combustíveis. Já com contratação de serviços de apoio ao parlamentar, Selma aplicou R$ 29 mil do valor da cota. A magistrada aposentada 'economizou' com aquisição de material de consumo, na qual investiu em torno R$ 8 mil.
Entre os senadores de Mato Grosso, Selma foi quem mais gastou entre os meses de janeiro a setembro. Jayme Campos (DEM) foi o senador que declarou menor gasto. Conforme o portal, o democrata utilizou R$ 119 mil. Entre Selma e Campos está Wellington Fagundes (PR) com R$ 195 mil. Os parlamentares mato-grossenses consumiram juntos R$ 533 mil.
A CEAP, que é a antiga verba indenizatória, é uma cota única mensal destinada a custear os gastos exclusivamente vinculados ao exercício da atividade parlamentar.
De acordo com o Senado a cota disponível para cada político é fixada de acordo com o Estado pelo qual se elegeu. Em Mato Grosso, por exemplo, a quantia chega a R$ 39,4 mil mensal, fora o salário de R$ 33,7 mil
Mandato cassado
A permanência de Selma Arruda - cassada em dezembro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por caixa 2 e abuso de poder econômico, no Senado, pode se estender por um prazo indefinido. Ainda não se sabe a data certa que ocorrerá uma nova eleição suplementar. Conforme o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) , a data provável será no dia 26 de abril.
Enquanto isso, a senadora continua no cargo, recebendo salário de R$ 33,7 mil mensais, além de verba extras.
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