O presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA) e ex-deputado federal por Mato Grosso, Nilson Leitão (PSDB) buscou dissociar o agronegócio de questões políticas em entrevista à Folha de São Paulo.
Mesmo sem mandato, Leitão exerce forte influência dentro da Câmara dos Deputados, em Brasília, já que a bancada ruralista tem em sua base 300 dos 513 parlamentares em atividade. O número impõe respeito e pressiona o presidente da República, Lula (PT), que tem visto ruir seus projetos de lei encaminhados ao plenário.
Porém, Leitão, sustenta que o governo petista pode ficar despreocupado pois o agro não está inclinado para pontos ideológicos, mas econômicos.
"O agro, como setor, não tem relação ideológica com os temas que defende. A gente discute tecnicamente, trata de desburocratização, de eficiência, de ciência. A relação entre o agronegócio e o governo jamais deve ser de cunho partidário. O agro não é partido político", falou Leitão à reportagem.
O nome do líder da IPA foi ventilado como alternativa para o Ministério da Agricultura por ser uma figura próxima ao ex-tucano, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
"A agenda do agro é a que está no Congresso, no governo. A gente espera um bom Plano Safra, um seguro agrícola robusto, à altura do que o Brasil necessita, um crédito com juros que sejam praticáveis e que a base do governo entenda a importância das pautas do licenciamento ambiental, da regularização fundiária, do defensivo agrícola, do PL 490 [projeto do marco temporal aprovado na Câmara dos Deputados]. Esses são os temas que o agro quer discutir", pontuou Leitão a FSP.
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