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Política Quarta-feira, 02 de Julho de 2025, 18:17 - A | A

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Quarta-feira, 02 de Julho de 2025, 18h:17 - A | A

ELEIÇÕES 2024

Justiça cassa mandato do prefeito por compra de votos e abuso de poder econômico

Esquema envolveu aliciamento de mais de 100 indígenas e distribuição de bens em troca de votos; TRE deve convocar novas eleições

MARICELLE LIMA
Da Redação

O prefeito de Brasnorte (587 km de Cuiabá), Edelo Ferrari (União Brasil), e sua vice-prefeita Roseli Gonçalves (PSB) tiveram os mandatos cassados pela Justiça Eleitoral de Mato Grosso por abuso de poder econômico nas eleições de 2024. A decisão, assinada nesta terça-feira (2) pelo juiz Romeu da Cunha Gomes, também cassou o vereador Gilmar Celso Gonçalves, conhecido como “Gilmar das Obras”, e determinou novas eleições para prefeito e vice no município.  

A sentença apontou que o grupo comandou um esquema para aliciar mais de 100 indígenas da etnia Enawenê-Nawê, com transferência irregular de títulos eleitorais, transporte ilegal de eleitores e distribuição de dinheiro, combustível e frangos congelados em troca de votos. Vídeos anexados ao processo mostram indígenas recebendo sacolas com frangos da marca Seara.  

Segundo a investigação, o transporte dos eleitores foi organizado pelos filhos do vereador, Alexandre e Júnior Augusto Gonçalves, enquanto Rogério Gonçalves, servidor ligado à prefeitura, fretou ônibus e pagou combustível para tentar levar os indígenas às urnas, mesmo após proibição judicial.

Quebras de sigilo bancário revelaram mais de R$ 200 mil movimentados, incluindo transferências diretas a eleitores indígenas.  

A Justiça destacou que a abstenção entre os indígenas foi de apenas 10%, muito abaixo da média de 27% da zona eleitoral, e que Gilmar teve 15% de seus votos apenas em duas seções indígenas, o que influenciou diretamente o resultado, já que Edelo venceu com vantagem de apenas 155 votos.  

LEIA MAIS: Juiz acolhe ação contra prefeito acusado de dar frango congelado em troca de votos

Além das cassações, Gilmar, Rogério, Alexandre, Júnior e João Gomes da Silva Júnior foram declarados inelegíveis por oito anos, até 2032, e Gilmar e Rogério receberam multa máxima de R$ 53.205 cada. Embora não houvesse prova de participação direta do prefeito e da vice no esquema, o juiz entendeu que eles foram beneficiados e determinou a cassação de seus diplomas, mas afastou a inelegibilidade para ambos.  

A Justiça também ordenou que o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso convoque novas eleições para os cargos de prefeito e vice-prefeito de Brasnorte, além do recálculo dos votos para vereador, já que a votação de Gilmar foi anulada.

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