O atual ministro da Agricultura, Neri Geller (PMDB-MT) ainda aguarda o comunicado oficial de Dilma Rousseff (PT) para deixar o cargo. Ao Hipernoticias, Geller disse que está tranquilo e confia na decisão da presidente. A troca de comando foi divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, que afirma que a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) foi convidada na quarta-feira.
“Não temo quanto às especulações que rondam a presidente Dilma. Nada foi confirmado e não tenho porque ficar preocupado, até porque ela decide quem é melhor para cada cargo de seu governo. Eu já recebi uma ligação do Michel Temer, que me disse que não existe nada de oficial. Estou muito tranquilo”, disse o ministro.
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Neri é o único mato-grossense a compor o alto escalão petista. Durante a campanha, Geller se esforçou e conseguiu aumentar a votação de Dilma em Mato Grosso, mas a presidente perdeu nos dois turnos para o tucano Aécio Neves.
“Ela [presidente] não garantiu que iria me manter no cargo, mas pediu esforços de todos durante a votação. Os cargos dos ministérios são da presidência, e ela escolhe conforme suas necessidades”, disse.
Geller confirmou que haviam boatos de troca em seu ministério, até por conta das pressões que sofreu no Congresso. O mato-grossense considera que, caso seja confirmada, Kátia Abreu deverá representar muito bem a pasta.
O mato-grossense não será o único a cair no alto escalão petista. Segundo informações da Folha de São Paulo, três outros ministérios deverão ser alterados. São eles: Fazenda, Planejamento e Desenvolvimento e Indústria.
HISTÓRICO
Neri Geller, nasceu em 7 de novembro de 1968, é agricultor, empresário e servidor público federal. Antes de comandar o ministério, atuou como secretário de Política Agrícola e membro do Conselho Administrativo da Conab.
Apesar de ser gaúcho, Geller veio para Mato Grosso, para a cidade de Lucas do Rio Verde, quando só existiam assentamentos na região. Começou como agricultor familiar até se tornar um grande produtor.
Foi vereador em Lucas do Rio Verde entre 1996 e 2004. Em 2006 foi eleito deputado federal, e reeleito em 2010. Como empresário, fundou a Fazenda Geller em 1990, onde desenvolve a atividade de plantio e comercialização de grãos (soja e milho).
Antes de Neri, apenas quatro mato-grossenses haviam comandado um ministério no governo federal. O primeiro foi Joaquim Murtinho, ministro da Viação, Indústria e Comércio em 1897, durante a gestão de Prudente de Moraes. Em seguida, Murtinho voltou a compor o primeiro escalão do governo, desta vez, em substituição a Rui Barbosa, no comando do ministério da Fazenda, no governo de Campos Sales.
O segundo ministro foi Eurico Gaspar Dutra, que assumiu em 1935 o Ministério da Guerra, hoje Ministério da Defesa. Mais tarde foi eleito presidente.
Roberto Campos foi o terceiro de mato-grossense a comandar um ministério. Depois de apoiar o Golpe Militar de 64, Campos foi escolhido como ministro do Planejamento do governo de Castelo Branco. Em seguida, foi eleito senador pelo Estado.
Já em 1986, Dante de Oliveira se afastou do cargo de prefeito de Cuiabá para se tornar ministro da Reforma Agrária durante a gestão de José Sarney (PMDB), tornando-se o quarto ministro mato-grossense.
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NEIDE MARIA 24/11/2014
Eu sabia que MT ficaria sem a pasta. Quem não percebe as vertentes que segue o destino político do PT?
1 comentários