Enquanto a eleição para o comando do Palácio Paiaguás se encaminhava para uma vitória por W.O. com a reeleição de Mauro Mendes (UB), a corrida à senatoria se desenhava mais espinhosa no pleito de 2022. Dos nomes considerados fortes postos à mesa de articulações, o da médica Natasha Slhessarenko se despontava, inicialmente, como um dos favoritos.
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Contudo, ela, que disputaria os votos ao lado do liberal Welington Fagundes (reeleito) e do deputado federal cassado, Neri Geller (PP), teve de abdicar da corrida após sofrer pressão por parte dos que representam, nas palavras dela, a velha política.
Em decorrência do recuo, Natasha chegou a ser ventilada como possível candidata a deputada estadual, mas, em coletiva de imprensa realizada no dia 8 de agosto, ela acabou anunciando que não seria candidata a nada. Na mesma ocasião, a socialista afirmou que preferiu retirar seu nome da disputa ao Senado a, por exemplo, aceitar a primeira suplência do então candidato Neri Geller (PP), que fazia composição com a Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PcdoB).
“No plano nacional, o PT impôs a candidatura ao Senado do deputado Neri Geller, o que foi totalmente inesperado, afinal de contas, Neri e o PP fazem parte da base bolsonarista. Aliás, Neri vinha defendendo o governo Bolsonaro até 15 dias antes das convenções, o que era natural, já que o PP faz parte da espinha dorsal do governo Bolsonaro e talvez o partido mais importante do chamado centrão", declarou Natasha à época.
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"Não aceitei porque não estou em busca do poder a qualquer preço e me mantive coerente ao meu propósito de ser candidata ao Senado, mantendo os valores que sempre nortearam minha vida e minha trajetória. Eu defendo a política com ética, com decência, com honestidade, com princípios e defendo a política com retidão e com lealdade. É assim que quero fazer minha caminhada na política", finalizou a médica, que é filha da ex-senadora Serys Slhessarenko.
Ex-candidata à Câmara dos Deputados, Serys (PSB), sobre o assunto, chegou a declarar que a filha foi pressionada a recuar da disputa. Serys colocava que não houve, por parte da Federação Brasil da Esperança, interesse em formar composição com Natasha, mas não atribui totalmente o recuo a esta falta de diálogo.
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NADOU, NADOU ....
Ao final, Neri acabou concorrendo sub judice após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinar a perda de seu mandato como deputado federal por abuso de poderio econômico. Ele acabou fugurando na terceira colocação, atrás de Fagundes e do produtor rueral, Antônio Galvan (PTB).
REAÇÕES
O recuo de Natasha foi extremamente criticado, especialmente por mulheres. A ex-candidata a deputada estadual e atual vereadora Maysa Leão (Republicanos), na coletiva, protagonizou um bate-boca com o presidente do PSB em Mato Grosso, Max Russi. Para Leão, houve interferência masculina no processo que culminou com a desistência da médica.
Em nota, a ex-candidata a deputada federal, Dona Neuma, disse que a correligionária foi arrancada do projeto, tirando de várias mulheres a oportunidade de votar em uma mulher na senatoria.
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PSB E SUPLÊNCIA DE FAGUNDES
Após a oficialização do recuo da médica, Max Russi deu início a uma articulação para o PSB ocupar uma das suplências na chapa do senador Welinton Fagundes, mais especificamente a segunda. O empresário Diógenes Jacobsen (PSB), ex-vereador por Nova Mutum, chegou a ser a principal aposta na época. Contudo, as negociações não avançaram e os suplentes de Fagundes sacramentados foram o secretário-chefe da Casa Civil do governo de Mato Grosso, Mauro Carvalho, e Rosana Martinelli (PL), como segunda, prefeita de Sinop entre os anos de 2017 e 2021.
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