O governador Mauro Mendes (UB) negou que tenha dado prazo para definir se deixa ou não o Paiaguás para disputar uma vaga no Senado. Mendes afirmou que o único prazo que seguirá é o da legislação, dia 4 de abril, último dia para a desicompatibilização de cargos. Na segunda-feira (14), após reunião do União Brasil, o deputado estadual Eduardo Botelho comentou que a resposta do governador viria ainda em 2025, mas Mauro descartou a possibilidade.
"Normalmente eu nao dou prazos para ninguém. As pessoas colocam prazos, mas eu não tenho compromisso com isso. Eu tenho um prazo, e garanto que vou cumprir, que é dia 4 de abril de 2026 e eu comunico se fico ou se saio", afirmou o governador à imprensa nesta quinta-feira (16).
Mauro Mendes também adiantou que não dará pistas sobre sua decisão. Segundo ele, um dos pilares de uma estratégia potencialmente vencedora é manter o segredo e, por isso, a eventual candidatura será divulgada apenas na 'hora certa'.
"Se você vai enfrentar uma batalha e conta para todo mundo seu plano de ataque ou defesa, você fica fragilizado e eu faço isso proque meu foco é cuidar de Mato Grosso. O meu foco não é as eleições do ano que vem e eu até entendo que alguns políticos estejam muito focados nas eleições de 2026, mas eu estou com um objetivo claro: continuar governando o Estado", explicou.
O estilo 'misterioso' faz parte da trajetória política de Mauro Mendes. Em 2016, ele chegou a desistir de disputar a reeleição à prefeitura de Cuiabá. Em 2018, se lançou pela ao governo e saiu vitorioso. No fim de 2020, decidiu enterrar de vez o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande. Em 2021, enquanto vários políticos já se concentravam no ano vindouro, Mauro permanecia focado nas obras, sendo a mais polêmica o próprio BRT. Embora dada como certa, a decisão de concorrer à reeleição só foi anunciada no fim de julho de 2022, ou seja, pouco menos de três meses antes do pleito.
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