O governador Mauro Mendes (UB) criticou o que chamou de 'previsões apocalípticas' sobre o Pantanal. Em resposta à declaração da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que previu a 'extinção' do Pantanal nos próximos 80 anos, o governador salientou a contribuição de Mato Grosso para desaceleração do aquecimento global.
"Fazer previsão pessimista, fazer previsão apocalípitica não adianta de nada. Que existe uma mudança climática, existe. Mas vamos fazer o seguinte, todo mundo vai ter que parar de emitir gás carbônico, segundo os cientistas. Mas o mundo que cobra isso do Brasil, não faz isso. A queima de carvão continua aumentando no mundo todo, principalmente nos países ricos. Cadê a contribuição deles para o desaquecimento do planeta?", disparou nesta segunda-feira (9) durante a abertura do Fórum Internacional da Agropecuária.
Mendes voltou a destacar que Mato Grosso tem cerca de 60% da vegetação nativa preservada e cobrou respeito pela contribuição dada pelo estado ao meio ambiente.
"Nenhuma região produtiva tem isso. Eles [países do exterior] têm que nos respeitar e saber que Mato Grosso e o Brasil dão uma grande contribuição nesse momento", afirmou.
Mato Grosso vive uma situação delicada no tocante aos incêndios florestais. No domingo, somente o Corpo de Bombeiros realizava o combate aos incêndios florestais em 45 locais diferentes. O número é 28,5% maior do que o registrado uma semana antes. O governador admitiu a situação crítica, mas minimizou o problema devido às proporções do Estado.
"Nós estamos combatendo, temos mais de 300 bombeiros mobilizados, o setor produtivo está combatendo, mas em Mato Grosso, porque é um grande Estado, temos grandes focos e números relativos. Não dá para comparar com o Espírito Santo ou Alagoas, por exemplo, que são estados muito, muito menores que o nosso", disse.
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