O empresário Marco Polo de Freitas Pinheiro, popularmente conhecido como “Popó”, que é irmão do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB), não prestará depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Paletó nesta quarta-feira (27) devido ao grau de parentesco que tem com o investigado.
Alan Cosme/HiperNoticias
Advogado Francisco Faiad
Marco Polo seria ouvido para esclarecer o fato de ter sido citado por seu irmão após o prefeito ser gravado recebendo maços de dinheiro de origem supostamente ilegal em 2013, quando Pinheiro ainda era deputado estadual. Na época, o então parlamentar disse que o dinheiro seria referente ao pagamento de uma dívida da empresa de pesquisa de seu irmão.
Contudo, conforme foi apontado pelo advogado de Popó, legalmente as pessoas convocadas para prestarem depoimento podem se eximir de comparecer à CPI caso mantenham grau de parentesco direto com o investigado, como é o caso de irmãos, pai, mãe, filhos ou cônjuge.
“Não vem. Eu comuniquei hoje que ontem já tinha protocolado este ofício e hoje eu vim ratificar. Confirmar o ofício protocolado ontem no sentido de que Marco Polo não virá hoje depor autorizado pela legislação vigente”, apontou o advogado Francisco Faiad.
Além disso, a defesa argumentou que todas as sessões da Câmara Municipal estão sendo realizadas de forma virtual. Contudo, a notificação encaminhada a Marco Polo não teria apontado o canal virtual disponível para que o solicitado prestasse depoimento.
CPI do Paletó
O vídeo no qual Pinheiro é flagrado recebendo maços de dinheiro foi anexado à delação do ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa na Procuradoria-Geral da República. Segundo o ex-chefe do Executivo estadual, o dinheiro recebido pelo então deputado estadual era propina.
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