Três presidentes, vídeo revelador da direção da Casa, renúncia, protestos de estudantes e dois coquetéis molotov. A história da Câmara de Cuiabá ao longo deste ano poderia ser contada superficialmente desta forma.
Contudo, não foram só estes acontecimentos que marcaram o ano no Palácio Pascoal Moreira Cabral. Desde 1º de janeiro de 2013, a palavra que os cuiabanos ouviam repetidamente dos vereadores eleitos durante as eleições de 2012 era “renovação”. Ao final do ano, o presidente que assumiu em janeiro não é o mesmo e seus atos são questionados pela justiça.
Após uma legislatura tumultuada e desgostosa em 2011 e 2012, a nova composição da Casa de Leis assumiu o comando do Parlamento Municipal temendo que os reflexos negativos da gestão anterior assombrassem 2013.
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Bastou começar eleição para nova composição da Mesa Diretora para o discurso findar. O que antes era tido como “A casa dos horrores” ficou minimizado perto dos escândalos protagonizados pelos 25 parlamentares durante a eleição mais disputada do Poder Legislativo das últimas décadas.
O vereador João Emanuel Lima (PSD) foi eleito o primeiro presidente do biênio (2013-14). No entanto, mal sabia a população que a Casa de Leis seria presidida por outros dois vereadores.
“Já que querem renovação, que seja com o PSB. Desisti de disputar a presidência, porque não queria ver irmão matando irmão. Agora eu quero ver se a próxima legislatura será séria ou de traidores”, disse o vereador Júlio Pinheiro (PTB) durante a sessão que consagrou o social-democrata como chefe da Mesa Diretora.
O trabalho legislativo levou apenas 30 minutos e foi marcado pelo desabafo do então ex-presidente petebista, que desistiu da reeleição à presiência aos 40 minutos do 2º tempo, para disputar como 1º secretário.
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Quatro meses depois, pedras e garrafas de coquetéis molotov foram atiradas contra os gabinetes e dois deles foram atingidos, sendo um do vereador Domingos Sávio (PMDB), onde o líquido inflamável que estava na garrafa provocou pequeno incêndio e destruiu parte dos móveis.
Os vereadores descartaram a possibilidade de o fato ter conotação política e classificaram como “ato de vandalismo”.
PRESIDÊNCIA E TROCA-TROCA
Os manifestantes que aparentemente rebelaram-se contra os parlamentares teriam, em dois meses depois, novembro, motivos de sobra para protestar. Por força de duas decisões, criminal e cível, João Emanuel foi afastado da presidência.
Por meio de uma Operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual em seu encalço, ele teve a residência vistoriada, assim como seu gabinete.
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As autoridades tiveram provas em um vídeo de que o ex-presidente João Emanuel pressionara a empresária Ruth Hércia para ter com documentos falsos terrenos. Ao mesmo tempo, outro procedimento investiga o parlamentar de fraude em licitação na Câmara de Cuiabá em sua gestão de 2013.
Uma investigação por desvio de dinheiro e fraude em licitação foi aberta contra o social-democrata. Ele renunciou o cargo e nova eleição foi necessária, conforme prevê o Regimento Interno.
Pinheiro, então, retornou à cadeira de presidente após uma intensa madrugada de reuniões, aglutinou votos de oposição e situação, retornado ao comando da Casa com 15 votos e sete abstenções. Três votaram em Chico 2000 (PR).
Em meio a isso, Onofre Júnior (PSB) assumiu o comando da Casa antes da eleição. Apesar de dizer em plenário que não queria a presidência, o socialista ingressou na Justiça pedindo o cargo sob o argumento de que, conforme o regimento interno, teria a prerrogativa, já que é o 1º vice-presidente.
Em 2014, temas polêmicos – tal como pedido de cassação do mandato de João Emanuel protocolado pela Ong Moral e o desfecho do pedido de Onofre na Justiça- entrarão em discussão.
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marinaldo 26/12/2013
quero só ver esses vereador não vão tirar esse artista dai artista do psd
marinaldo 26/12/2013
fora joão Emanuel e toninho de Souza ambos muito corrupto e todo grupo do psd fora fpra fpra mil vezes fora.
2 comentários