O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), foi confrontado por um grupo de influenciadores digitais na Câmara Municipal nesta terça-feira (24). Eles denunciaram preconceito e truculência policial durante a abordagem que resultou no cancelamento de um evento beneficente no último sábado (21), e questionaram o motivo pelo qual o gestor comparou suas atividades às do narcotraficante Pablo Escobar.
Um dos principais interlocutores foi o influenciador Darik Kelvin da Silva, conhecido como "Fiote", que afirmou que a ação da polícia humilhou a comunidade. “A periferia nem tudo é bandido”, disse ele, visivelmente indignado.
Em resposta à polêmica, Fiote ironizou a declaração do prefeito e alterou o perfil de seu Instagram, adotando o nome e a imagem de Pablo Escobar gerada por inteligência artificial, com a descrição “Eu sou Fiote Escobar”.
Brunini rebateu as críticas afirmando que o grupo não possuía autorização para utilizar o miniestádio, nem para promover o tipo de evento que estava sendo montado. Segundo ele, a estrutura no local indicava que não se tratava apenas de uma partida de futebol solidária – que, inclusive, não requer pagamento de taxa –, mas sim de uma festa com características de “balada”.
O prefeito também alegou ter recebido informações adicionais após o cancelamento do evento que, segundo ele, embasaram suas declarações anteriores – embora não tenha revelado o conteúdo dessas informações.
Durante o encontro com os influenciadores, Brunini reiterou que a Polícia Militar foi acionada por conta de uma denúncia de poluição sonora no bairro Novo Horizonte e, ao chegar ao local, flagrou menores consumindo bebidas alcoólicas. Isso teria motivado o encerramento imediato da atividade.
Para reforçar sua posição, o prefeito exibiu uma publicação feita durante a abordagem policial, que mostrava supostos adolescentes e trazia a legenda: “Deu red no baile do Fiote”.
“Imagina o seguinte: se vocês fazem um evento esportivo, beneficente, com doação de alimentos, e estão licenciados, a polícia pode até aparecer, mas não vai dar em nada. Não vai ter problema nenhum. Vocês são cidadãos de bem”, argumentou Brunini.
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Após minutos de embate em pleno corredor, o grupo aceitou a sugestão da vereadora Baixinha Giraldelli (Solidariedade) para continuar a conversa em uma local reservado, sem a presença da imprensa.
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