O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo (União Brasil), rebateu os prefeitos que criticam o atendimento a pacientes de outros municípios nas unidades. Gilberto reconheceu a existência de vazios assistenciais em Mato Grosso, mas disse que as gestões recebem recursos por procedimentos por meio do Financiamento de Média e Alta Complexidade (MAC) pactuado com o Ministério da Saúde, portanto, não ficariam apenas com o "ônus". Segundo o que atrapalha, não é a questão estrutural, mas a "animosidade política" de uma parcela dos prefeitos.
"Algumas más gestões que administram mal, não lançam em sistema, vão ter a despesa e não terão a receita por que não estão administrando bem isso. Mas isso tem diminuído muito de forma significativa, até porque o governo do Estado é o mais adimplente, estamos completando 75 meses de rigorosa adimplência com os municípios", asseverou Gilberto Figueiredo em entrevista ao HNT TV.
Algumas más gestões que administram mal, não lançam em sistema, vão ter a despesa e não terão a receita
Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop são polos que acabam absorvendo parte dos atendiumentos externos. Conforme Gilberto, a SES investe no relacionamento com as prefeituras. Nesta gestão, além dos recursos essenciais, foram repassados R$ 2 bilhões em aportes extraordinários aos 142 municípios de MT. "A relação é boa salvo quando há animosidade política que compromete tudo", observou o secretário.
Essa "animosidade" mencionada por Gilberto foi experimentada, por exemplo, nos oito anos do mandato do ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), oposição ao governador Mauro Mendes (União Brasil). A pasta da Saúde foi penalizada ao ponto que o Estado precisou intervir, assumindo a Saúde da Capital após deferimento da Justiça. Uma das alegações de Emanuel para explicar o declínio da qualidade da prestação de serviço, eram os atendimentos a moradores do interior. Para Gilberto, o discurso está ultrapassado.
"Todos os municípios no estado de Mato Grosso, são municípios de gestão plena em saúde, a autoridade máxima em saúde é o prefeito, é o secretário municipal de Saúde que preside o Fundo Municipal de Saúde. É muito cômodo quando existe uma certa incompetência de gestão, tentar jogar a culpa no doente, 'é uma atribuição do governo do Estado e estou carregando nas costas'. Isso vira uma oratória que não condiz com a verdade. Quando acontece isso, o município também recebe", rechaçou o secretário.
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