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Política Quinta-feira, 31 de Julho de 2025, 16:52 - A | A

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Quinta-feira, 31 de Julho de 2025, 16h:52 - A | A

EMBARGO À ECONOMIA

HNT TV: Ex-secretário da Fazenda de MT diz que tarifaço de Trump é impraticável; veja vídeo

O economista Vivaldo Lopes ressaltou que o custo das operações irão dobrar em menos de 30 dias e parte dos empresários podem não suportar

CAMILA RIBEIRO
Da Redação

Ao HNT TV Entrevista, o economista e ex-secretário-adjunto de Estado de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz-MT), Vivaldo Lopes, classificou o tarifaço do presidente norte-americano, Donald Trump, ao Brasil como "impraticável". Vivaldo compreende a medida como um embargo à economia brasileira e pontuou que os empresários podem não suportar os custos com as operações que irão dobrar em menos de 30 dias.

"Impraticável. Não tem nenhuma indústria no planeta terra que suporte de um mês para o outro o aumento de custo no seu produto dobrar", disparou Vivaldo. "É um emabrgo, é uma sanção à economia brasileira", emendou o economista ao podcast

Elevar a tarifa alfadengária para 50% é fazer um embargo à economia brasileira

Trump assinou nesta quarta-feira (30) o decreto que regulamenta a cobrança de 50% sobre produtos brasileiros. A medida passa a valer a partir de 6 de agosto. Como o previsto, o presidente isentou 700 itens que os Estados Unidos não produz. 

"Na linguagem empresarial, são os insumos naturais indisponíveis no mercado americano, essenciais para determinados tipos de produtos, que não tem como substituir e o Brasil já tem isso ofertado", explicou Vivaldo. 

Derivados de petróleo, gás natural, carvão, ferro, aço, alumínio e cobre, celulose, suco e polpa de laranja e fertilizantes são alguns dos produtos poupados por Trump. Parte deles, como o suco de laranja e o ferro já pagavam 36%. Com o tarifaço, a porcentagem passaria para 86%. Mas a dependência fez Trump refletir sobre a inflação no país, gerando um efeito contrário ao esperado - o que em parte já ocorre pois o tarifaço ainda não foi capaz de supervalorizar o dólar. 

"É insano 50% de tarifa alfandegária. Não é uma atividade comercial, é um embargo, é uma sanção contra o Brasil. Elevar a tarifa alfadengária para 50% é fazer um embargo à economia brasileira", reforçou o economista.

Camila Ribeiro/HNT

Vivaldo Lopes

O economista Vivaldo Lopes disse que o tarifaço é um embargo a economia

MADE IN VG

Na contramão da expectativa está a manutenção da tarifa ao café e carne, itens aos quais os EUA não são autosuficientes. O segmento da carne em Mato Grosso já sente os reflexos. Municípios como Várzea Grande onde os frigoríficos satisfazem os cofres públicos com arrecadação milionária de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS), os postos de trabalho começam a ser reduzidos.

A Marfrig, empresa com planta em VG que paga R$ 126 milhões de ICMS mensalmente, anunciou a interrupção temporária da produção de carne à exportação no mesmo dia que Trump assinou o tarifaço. O recuo é preocupante por dar uma prévia da recessão que o país pode se afundar.  

LEIA MAIS: Preocupada, Moretti cria comitê para discutir perdas com suspensão da Marfrig; veja vídeo

Boa parte dos hambúrgueres tem carne made in VG

"Qual é a cena típica de um filme americano? O cara caminhando, compra um hamburguer no MC Donalds ou no Burguer King que tem carne saída daqui de Mato Grosso porque quem exporta carne para os EUA é a Minerva, Marfrig e a JBS. Todas essas empresas têm plantas aqui, boa parte dos hambúrgueres tem carne made in VG", disse Vivaldo.

"O hamburguer tem carne de MT, o suco tem laranja de São Paulo, Minas Gerais e do Espírito Santo e o café que eles tomam vem do Brasil. São produtos que eles não têm lá, a não ser a carne, mas não têm em quantidade suficiente e os outros precisam exportar", concluiu o economista. 

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