O governador Mauro Mendes (União) assinou, na manhã desta sexta-feira (15), o decreto que obriga que treinamentos de militares sejam gravados. A medida tomada pelo Poder Executivo estadual ocorrerá após a morte por afogamento do aluno soldado Lucas Veloso, no dia 27 de fevereiro, na Lagoa Trevisan, durante um treinamento do Corpo de Bombeiros. Apesar da assinatura, ainda não há data para publicação do decreto.
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Em entrevista, a mãe de Lucas Veloso, Maria do Carmo Velozo Peres, afirmou que a assinatura do decreto que levará o nome do filho significa o começo de uma mudança.
“Eu acho que é o início da mudança. Esse projeto que vai virar lei, tem que trazer muitos outros pontos. Nós estamos em uma sociedade mais moderna e existem vários outros métodos de educação. Então, para esse projeto vão ser feitos vários estudos, várias sugestões para que sejam aplicados em todos os construtos de treinamento. E nós acreditamos em Deus que vai dar certo”, disse Maria do Carmo em entrevista à TV Centro América.
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De acordo com a perícia, análises preliminares apontam Lucas Veloso Perez morreu afogado durante treinamento do Corpo de Bombeiros, na Lagoa Trevisan. Foram identificados, nos primeiros momentos, duas lesões características de afogamento: os cogumelos de espuma e as manchas de paltauf. Os achados afastam, inicialmente, a hipótese de que Veloso tenha sofrido mal súbito como foi divulgado nas primeiras horas após sua morte.
Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), um projeto de lei foi apresentado no último dia 7 pelos deputados Júlio Campos (União) e Wilson Santos (PSD) visando a obrigação do Corpo de Bombeiros (CBM) de gravar os treinamentos dos militares em Mato Grosso.
CASO RODRIGO CLARO
Em 2016, Rodrigo Claro morreu de forma parecida com a de Lucas Veloso, também na Lagoa Trevisan. Segundo a denúncia do Ministério Público, os exageros da tenente bombeiro Izadora Ledur, responsável pelo treinamento à época, contribuíram para a morte de Rodrigo. A militar, condenada por maus-tratos contra Rodrigo Claro, teve a punibilidade extinta.
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