O deputado estadual Faissal Calil (Cidadania) afirmou que tem um acordo de cavalheiros com o presidente do partido Marco Marrafron para se desfiliar e seguir para o PL. Sustentando seu discurso de independência, Faissal lembrou que não utilizou recursos da agremiação na campanha e que "não deve nada" à sigla e ao PSDB, parte da Federação. Ainda sobre os tucanos, Calil pontuou que não teme represálias e que mantém bom relacionamentos com os suplentes que, inclusive, estariam inclinados a segui-lo para a partido bolsonarista.
"Eu sou independente. Não é partido que vai me impor cabresto. Eu tenho as minha posições. E quando falo que sou independente é que fiz uma candidatura com o meu dinheiro e da minha família. Não recebi verba nenhuma, nem de majoritária, nem de partido e nem de fundo. Não devo nada ao PSDB. Faissal é Cidadania, é minha conversa é com o Marrafon", declarou o deputado à imprensa nesta quarta-feira (25).
O chefe do PSDB em Mato Grosso, Carlos Avallone, tenta segurar Calil na Federação. Partidário, o tucano é contrário à saída do colega de Assembleia. Ele justifica que Faissal foi eleito contando com os votos das duas siglas que agora perderiam a cadeira. No entanto, o deputado garante que tudo foi alinhado com Marrafon e não há risco de perder seu mandato. Outro ponto levantado por Avallone foi o posicionamento político de Faissal, que está em um partido de centro-esquerda e agora segue um de extrema-direita.
"É uma situação de consenso, converso muito com o presidente do Cidadania, o Marrafon. Foi o qual assinou minha ficha de filiação e sabia dos meus posicionamentos. Sou um deputado de direita e nós viemos contribuir. Quando falo contribuir é que graças à nossa candidatura junto ao Cidadania que conseguimos fazer dois deputados estaduais. Se temos suplentes hoje do PSDB que assumem essa Casa de Leis é porque estão assumindo no lugar do deputado Faissal do Cidadania. A conversa foi com Marrafon e somos nós que vamos decidir. A hora que eu quiser sair, Marrafon falou que tenho a carta, só estou definindo o melhor momento", amenizou Faissal.
Os suplentes também podem decidir judicializar, buscando nos tribunais seu direito à cadeira do deputado. Calil admite o risco.
"Isso é uma possibilidade. Mas eu converso muito bem com os suplentes e agora em novembro vou abrir mais uma vez para outro suplente. Sou um cara de grupo e estou muito bem com os suplentes. Se eles desejarem entrar, eu não posso impedir, mas isso vai ser discutido judicialmente, se eles quiserem entrar. Mas eu com os suplentes converso tão bem que boa parte deles está indo para o PL também", finalizou o deputado.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.
