O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União Brasil), vai reunir o grupo político do governador Mauro Mendes (União Brasil) após a declaração do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) ter estremecido os relacionamentos, abrindo margem para um racha. Pivetta disse que os derrotados no primeiro turno estão caminhando para o palanque de Lúdio Cabral (PT), sendo que Mendes apoia Abilio Brunini (PL). A fala do vice-governador gerou uma tensão entre os aliados. Para evitar que o União Brasil se divida ou o Republicanos deixe o arco de alianças do governo, Fábio entrará como interlocutor.
"Eu acho que temos que conversar bastante dentro do nosso grupo politico. Eu não gostaria de ver o nosso grupo dividido", afirmou o chefe da Casa Civil nesta quinta-feira (24).
O União Brasil está dividido em algumas alas antes da campanha eleitoral às municipais. A divisão começou quando o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União Brasil), sinalizou que seria candidato. Sabendo das intenções do correligionário, Garcia passou a tentar viabilizar seu nome à Prefeitura de Cuiabá. A sigla se repartiu em dois lados: os favoráveis a Botelho e os defensores de Fabinho. Meses depois de muitas trocas de farpa, Mendes resolveu o imbróglio apoiando Botelho.
Com as eleições municipais chegando o ao fim, o alto escalão do União Brasil começa a se movimentar em direção às eleições 2026. Nos outros partidos, o ritmo não é diferente. No UB, o senador Jayme Campos quer ser o candidato do grupo com o apoio de Mauro. Em contrapartida, Otaviano Pivetta já tem o apoio de Mendes e começa a se posicionar para afastar oponentes em potencial a uma eventual disputa interna.
Fábio ameniza, avaliando que todo o cenário só se estabeleceu pois, mesmo se empenhando na coordenação da campanha de Eduardo Botelho, a chapa foi incapaz de somar os votos necessários para avançar na disputa pela Prefeitura.
"Infelizmente, não tivemos votos suficientes para esatarmos no segundo turno", disse o secretário.
Segundo o chefe da Casa Civil, apenas o diálogo será capaz de remediar a situação, tampando as brechas e evitando um racha.
"A gente precisa sentar em nosso grupo para retomar a nossa unidade que sempre foi uma característica do nosso grupo, a unidade, a união", finalizou.
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