O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), foi notificado nesta sexta-feira (22) sobre a Comissão Processante que avalia sua cassação na Câmara de Vereadores. A partir de agora, começa a contar o prazo de 90 dias para o fim dos trabalhos. Emanuel entrou na mira do Legislativo depois de sofrer o segundo afastamento sob acusação de liderar uma organização criminosa.
Os vereadores Wilson Kero Kero (Podemos) e Rogério Varanda (MDB) foram presencialmente ao gabinete de Emanuel para intimá-lo, observando o prazo de cinco dias para a notificação estipulados no rito. Ao HNT, Kero Kero afirmou que o prefeito foi receptivo e que a visita cumpriu papel institucional.
Em entrevista no dia 14 de março, porém, Pinheiro chegou a acusar um grupo de vereadores, inclusive da base, de ter montado um 'conluio' para abrir a processante antes mesmo da decisão acerca do afastamento se tornar pública.
Na abertura da Comissão Processante, o vice-líder do governo Luís Cláudio (MDB) foi o único a fazer a defesa de Emanuel. O vereador destacou que a Câmara discute a processante mesmo após a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que reintegrou o prefeito ao Executivo municipal, configurando uma ação com "pinceladas de irregularidades".
Além de Kero Kero e Varanda, os trabalhos também serão conduzidos por Edna Sampaio (PT) que defende que o instrumento não seja utilizado como forma de retaliação ao prefeito. Os parlamentares chegaram a levantar a possibilidade de suspeição da petista que também enfrenta imbróglio e chegou a ser cassada na Câmara, contudo, a vereadora foi mantida nas investigações contra Emanuel.
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