O processo que poderia resultar na cassação do mandato da vereadora Maysa Leão (Republicanos) foi rejeitado por unanimidade na Câmara Municipal de Cuiabá, nesta quinta-feira (2).
A votação contou com a presença dos 27 parlamentares, que votaram em favor da manutenção do mandato. Com a decisão desta quinta-feira, o pedido de cassação contra Maysa Leão foi definitivamente arquivado.
A votação foi marcada por episódios de ironia e descontração no plenário. Os vereadores Adevair Cabral e Kássio Coêlho afirmaram que era “a primeira vez” que votavam “sim”, em referência ao posicionamento habitual mais próximo da oposição ao Executivo.
Já o vereador Sargento Joelson registrou seu voto entre risadas, provocando gargalhadas coletivas no Plenário Paschoal Moreira Cabral.
A possível ironia da situação reside no fato de que Maysa discutia publicamente a possível cassação dio próprio Joelson, e de Chico 2000 (PL), no período em que os dois estiveram afastados, por investigações sobre o suposto recebimento de propina no episódio que ficou conhecido como “Escândalo do Contorno Leste”.
Nos bastidores, o apoio foi articulado pela própria vereadora nos últimos dias. Antes do requerimento ser colocado em pauta, a sessão chegou a ser suspensa para ajustes finais no alinhamento político.
Antes da votação, Maysa usou a tribuna para se defender, afirmando que o episódio “poderia ter acontecido com qualquer vereador” e pedindo apoio dos colegas para encerrar o processo.
Ela lembrou que o Ministério Público arquivou uma notícia de fato sobre o mesmo caso, uma vez que a participação da jovem foi espontânea e autorizada pela responsável legal, e a transmissão da audiência foi suspensa no momento em que o relato teve início.
O pedido
A suposta “quebra de decoro parlamentar” diz respeito a participação de uma adolescente de 16 anos, que fez fala na Tribuna, em uma audiência pública que tratava a violência contra a mulher.
Após a polêmica, o trecho no qual a jovem relatava o histórico de violência física e sexual da qual foi vítima por pessoas da própria família, foi retirado e não está mais disponível na audiência.
Na época, Maysa afirmou que a menor não foi convidada para falar, e sim se inscreveu por vontade própria, além de ter autorização dos responsáveis.
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