A Câmara Municipal de Cuiabá rejeitou, nesta terça-feira (2), a abertura de uma Comissão Processante contra o prefeito Abílio Brunini (PL), que poderia resultar na cassação de seu mandato por quebra de decoro. O pedido havia sido protocolado pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
A decisão contou com 25 votos contrários e apenas dois favoráveis, dos vereadores Jeferson Siqueira (PSD) e Dídimo Vovô (PSB). O PT justificou o pedido com base em dois episódios recentes envolvendo o prefeito: as ofensas dirigidas a estudantes da rede pública e à professora da UFMT, Maria Inês Barbosa, durante palestra em que Brunini interrompeu a docente por utilizar linguagem neutra, alegando “doutrinação ideológica”.
Segundo a sigla, o prefeito teria violado direitos de crianças e adolescentes, a moralidade administrativa e o decoro no exercício do cargo. Apesar das críticas à postura do gestor, a maioria dos parlamentares entendeu que os fatos não seriam suficientes para sustentar um processo de cassação.
O vereador Daniel Monteiro (Republicanos) afirmou: “Apesar de todas as arestas que tenho com o prefeito Abílio, ele merece respeito, antes de tudo, ele é o prefeito da capital”.
Na mesma linha, a vereadora Maysa Leão (Republicanos) destacou que a gravidade do ato não justificaria a perda do mandato.
“O prefeito Abílio, goste ou não dele, foi eleito legitimamente pela maioria da população. O que foi apresentado foi um ato que pode ser corrigido, que o prefeito poderia assumir, pedir desculpas; mas não é um ato passível de cassação”.
Já o vereador Jeferson Siqueira (PSD), um dos poucos favoráveis à comissão, criticou diretamente a postura do prefeito. “O prefeito precisa aprender a respeitar o cidadão cuiabano, independente de idade, experiência ou posição política. Ele não deve usar suas falas irônicas como instrumento de desqualificação daqueles que discordam de seu viés ideológico”.
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