O governador Mauro Mendes (União Brasil) criticou o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), ao defender o rompimento da gestão plena das unidades de saúde na Capital. Na prática, somente o Estado ficaria com a responsabilidade de fornecer serviços de média e alta complexidade. Mauro discordou e lembrou que quando prefeito a cidade possuía uma estrutura mais enxuta, com menos leitos e "nunca reclamou" de atender moradores do interior de Mato Grosso. Mendes também demonstrou incômodo por Abilio ventilar a mudança na gestão na imprensa e não em reunião. O governador ainda antecipou que convocará "conversa técnica" com o prefeito.
"O importante é que não comecemos a fazer um 'jogo de empurra-empurra'. Eu fui prefeito do Cuiabá, conheço bem essa realidade. Todos os anos que eu fui prefeito, e quando eu fui prefeito não tinha Santa Casa em Cuiabá, não tinha Hospital Central. O Metropolitano era um hospital pequenininho, tinha 50 leitos e eu nunca reclamei de atender a Saúde de Cuiabá", acentuou o governador nesta sexta-feira (25).
"Eu trabalhei com seriedade e fiz o que era possível fazer naquele momento. E nunca fiz reclamação. Cuiabá recebe dinheiro do governo federal para ser gestão plena", completou Mauro.
A insatisfação de Abilio é que Cuiabá absorve parte do atendimento que, em tese, seria de responsabilidade do governo, mas a regulação de leitos e tratamentos especializados é feito por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT).
O prefeito exemplificou com os casos de urgência que dão entrada na sala vermelha do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) - onde são direcionados pacientes em estado grave, vítimas de traumas ou acidentes - e os médicos ficam impedidos de removê-los para Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que fica a metros do setor, pois a liberação dos leitos é feito pela SES.
"Olha, tem que conversar conosco e não via imprensa. Na secretaria, primeiro, com os técnicos e não conversa livre. Um assunto tão sério como esse tem que ser tratado de forma séria dentro dos gabinetes, dentro das áreas técnicas, para construir bem quaisquer coisas", chamou atenção o governador.
REPASSE BAIXO
De acordo com Abilio, a gestão plena "não faz mais sentido" para a Cuiabá, considerando os valores repassados pelo Estado à Prefeitura que, segundo Abilio, foram reduzidos.
A proposta de Abilio é que a Secretaria Municipal de Saúde fique responsável pelas unidades de baixa e média complexidade e o Estado com gestão de alta complexidade, e, inclusive, afirmou que estaria disposto a abrir mãe do HMC e São Benedito, usado para consultas e cirurgias.
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