Governador afirma que câmera na farda é hipocrisia; assista

Mauro, porém, foi enfático em afirmar que manterá decisão de não investir nos equipamentos. Para o governador, pegaram um fato (os registros de violência policial) e transformaram num absurdo.

Aline Coêlho
Redação

SECOM

O governador Mauro Mendes reafirmou a sua decisão de não aderir ao uso de câmeras corporais nas fardas dos policiais militares de Mato Grosso. Na opinião do gestor, o uso do equipamento é uma inversão completa de valores e uma hipocrisia. A afirmação foi durante o lançamento da Delegacia Digital, nesta segunda-feira (09).

O governador respondeu ao ser questionado se seguiria os passos do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e voltaria atrás no posicionamento sobre a utilização dos equipamentos. Tarcísio decidiu instalar as câmeras após virem à tona casos de violência envolvendo a Polícia Militar. Mauro, porém, foi enfático em afirmar que manterá decisão de não investir nos equipamentos. Para o governador, pegaram um fato (os registros de violência policial) e transformaram num absurdo.

“Fica aqui a minha indignação porque eu estou vendo que está tendo uma inversão de valores. Colocar câmera na farda dos nossos policiais é tê-los como se eles fossem os bandidos desse país, dizer que precisam ser vigiados. Quando são eles que dão segurança. Quando são eles que estão enfrentando os bandidos.”

E continuo a defender o seu ponto de vista: “É uma mudança completa de valores, é uma hipocrisia tentar dizer que colocar câmera nos policiais vai melhorar o ambiente de segurança pública no Brasil. Vai piorar, na minha opinião.”

Mesmo admitindo que a “câmera pode até inibir alguma coisa", Mendes defendeu que os crimes cometidos por policiais representariam um quantitativo mínimo. Para ele, o equipamento não seria eficiente para diminuir a violência no país.

O governador ainda comparou a reação popular neste caso, aos envolvendo vídeos de violência praticados por criminosos. “Eu vejo direto rodando nas redes sociais vídeos de criminosos que assassinam a sangue-frio o cidadão. Que executam, que cortam a cabeça, que matam e arrancam o coração. E cadê a indignicação contra essas pessoas? Um policial que fez uma coisa errada vai manchar os milhares de policiais bons, corretos e honestos que existem nesse país? Não é porque um ou outro comete, crime que nós termos que condenar toda uma população de brasileiros que trabalham na segurança pública.", endossou.

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