Documentos oficiais do Poder Judiciário de Mato Grosso juntamente com a confirmação da Patrulha Maria da Penha, os quais o HNT teve acesso com exclusividade, atestam a existência de uma medida protetiva em vigor contra o fotógrafo Marcelo José da Silva Figueiredo, conhecido como Tchélo Figueiredo, em favor da ex-namorada identificada como R.
A comprovação contradiz a versão apresentada publicamente pela defesa do fotógrafo, que, em nota enviada ao HNT, havia afirmado que "não há, até a presente data, qualquer medida protetiva de urgência em vigor em relação a nenhuma das pessoas que se intitulam vítimas.”
A validade da tramitação do pedido é reforçada pelas informações da Patrulha Maria da Penha, que confirmou que Tchélo Figueiredo foi notificado por edital , procedimento legal utilizado quando o acusado não é encontrado para a intimação pessoal.
Descumprimento
A decisão judicial juntada aos autos determina que o fotógrafo deve respeitar o limite mínimo de 1.000 metros de distância da "ofendida, seus familiares e testemunhas". No entanto, a vítima R. registrou boletins de ocorrência relatando o descumprimento da medida. Ela afirma que, em duas ocasiões, Tchélo Figueiredo esteve a poucos metros de sua casa.
Em um dos casos mais recentes, na última quinta-feira (25), o fotógrafo teria estado a 350 metros da residência da vítima, chegando a publicar sobre sua permanência no local nas redes sociais.
O caso - O caso veio à tona em julho deste ano, quando cinco mulheres relataram ter sido vítimas de violência física e psicológica em relacionamentos com o fotógrafo ao longo de mais de uma década.
Nesta quarta-feira (24), a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá (DEDM) concluiu o inquérito referente a uma das vítimas e encaminhou o caso ao Poder Judiciário. O fotógrafo foi indiciado pelos crimes de violência psicológica, lesão corporal dolosa, injúria, ameaça e vias de fato contra sua ex-namorada.
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