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Polícia Quinta-feira, 18 de Janeiro de 2024, 15:29 - A | A

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Quinta-feira, 18 de Janeiro de 2024, 15h:29 - A | A

COMPORTAMENTO OBSESSIVO

Amiga de Mayla relata que jovem estava sofrendo ameaças do empresário que a matou

Ela pretendia retornar para Várzea Grande, mas o plano não foi bem recebido por Jorlan Ferreira, assassino confesso, que após tomar conhecimento da situação, começou a apresentar comportamento agressivo, segundo a amiga

SABRINA VENTRESQUI
Da Redação

Rebeca Lopes, amiga da jovem Mayla Rafaela Martins, a transexual que foi brutalmente assassinada e teve o corpo desovado em uma fazenda entre os municípios de Sorriso e Lucas do Rio Verde (420 e 331 km de Cuiabá, respectivamente), contou que o autor do crime, o empresário Jorlan Cristiano Ferreira, de 44 anos, começou a apresentar comportamento obsessivo pela jovem e não queria deixá-la ir embora.

Mayla foi sepultada em Várzea Grande, nesta quinta-feira (18).

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A amiga também relatou que conhece Mayla há aproximadamente seis anos, quando ela ainda era menor de idade e começou a trabalhar fazendo programas sexuais em Várzea Grande. Em dezembro de 2023, a jovem foi para Lucas do Rio Verde para explorar outras oportunidades de trabalho no interior.

Logo quando chegou, conheceu Jorlan e os dois começaram a se encontrar com frequência. No entanto, Mayla tinha terminado um namoro recentemente e pretendia reatar o relacionamento e voltar para Várzea Grande. Rebeca revelou que, quando Mayla contou que viria embora do interior, o empresário começou a ficar agressivo e a ameaçá-la.

“Ela já estava conversando com o ex dela, que mora aqui em Várzea Grande também, ai ela começou a se abrir com ele [Jorlan], que tinha voltado.  Ela já estava reclamando que esse homem estava possessivo, perseguindo ela. Que ele estava indo no local onde ela trabalhava e tudo mais. Ele não queria deixar ela vir embora, começou a ameaçá-la”, disse.

Ainda conforme Rebeca, o assassino confessou que chegou a dar dinheiro para que Mayla comprasse uma passagem para voltar para Várzea Grande. No entanto, ela não chegou a concretizar a compra. Devido às ameaças, a jovem se precaveu e enviou fotos do carro Volkswagen Polo utilizado pelo executor para as amigas.

“Ela não comprou e acabou ficando lá e aconteceu o que aconteceu. Só que, como ele estava ameaçando ela, a Mayla se precaveu e tirou uma foto da placa do carro dele e deixou ali até que percebesse que algo iria acontecer com ela. E foi o que aconteceu, ela achou que iria fazer mais um programa com ele, só que, quando ela entrou no carro, ela deve ter percebido que a conversa dela estava diferente e foi quando ela mandou a foto da placa do carro para nós”, relatou a amiga.

Na avaliação de Rebeca, o crime foi premeditado. “Como ele sabia que no celular dela haveria conversas, após ele ocultar o corpo dela, ele foi lá e jogou o celular dela no rio, porque lá tinha a prova de tudo”, disse.

VERSÃO DO EMPRESÁRIO

No momento da prisão, na terça-feira (16), Jorlan Ferreira confessou o crime e alegou que estava sendo extorquido e teria sido roubado, anteriormente, por Mayla. Ele foi flagrado pelos policiais civis em um lava-jato, tentando retirar manchas de sangue do veículo e se livrar de evidências do crime, segundo informações do delegado João Antônio Batista Ribeiro Torres, responsável pelo caso.

“Ele me roubou, limpou minha gaveta e levou todo o dinheiro. Ontem à noite, eu achei o infeliz. Aí eu convidei ele [para ir para a casa], me pegou, me derrubou contra meu muro lá dentro de casa. Ele chegou ali e chegou a me ameaçar, ai ele pediu uma cerveja, dei. Aí ele falou que queria um valor para sair da minha casa numa boa, sem escândalo nenhum e não chamar a polícia”, relatou Jorlan, que a todo momento se refere a Mayla pelo pronome masculino.

O empresário disse que a jovem tentou atacá-lo com uma faca de serra. Em seguida, o executor entrou em casa e pegou uma faca, utilizada para assassinar Mayla. “Eu dei um mata-leão nele, peguei a faca e finquei nele, não sei aonde que pegou, mas finquei. Daí, ele só quis gritar socorro. Eu, pra não deixar ninguém [ouvir], apertei ele, segurei não sei por quanto tempo, pelo pescoço. Aí ele amoleceu e eu soltei e entrei em desespero”, relatou.

Por fim, o empresário confessou que realmente jogou os pertences de Mayla em um rio da região.  

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