O advogado Roberto Zampieri, que foi executado com 10 tiros na noite desta terça-feira (5), na porta de seu escritório, em Cuiabá, já foi alvo da “Operação Verde Brasil”, deflagrada por órgãos federais e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), o que gerou uma ação contra ele movida pelo Ministério Público em 2022. Ele foi acusado de coordenar o desmatamento de 65 mil hectares no bioma amazônico, na região de Querência (755 km de Cuiabá).
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A denúncia do Ministério Público destaca que Roberto agiu de espontânea vontade e determinou que seus funcionários destruíssem parte da floresta. Na ocasião, os agentes encontraram quatro funcionários do advogado realizando o desmate. Todos os suspeitos foram pegos em flagrante com motosserras. No local, ainda foi encontrado um gerador, um compressor de ar, um trator de grande porte e dois tanques de abastecimento de 5 mil litros.
O acompanhamento da destruição foi realizado por satélite e por um perito local, que realizou acompanhemnto dos funcionários enquanto fazia o desmatamento. Além disso, o perito constatou que o denunciado impediu ou dificultou a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação. O agente informou que os funcionários usaram um trator com lâmina que promoveu o enleiramento de material lenhoso e construiu cercas de arame liso fixados em madeiras que impossibilitavam a aproximação.
O caso segue sob investigação e o processo corre na Justiça.
OUTROS CASOS
Além disso, o delegado de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá, Nilson Farias, disse em entrevista coletiva que o advogado foi acusado por um cliente de ter embolsado meio milhão de reais de forma ilegal.
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“Na nossa linha de investigação, nós temos a questão de um boletim de ocorrência registrado ano passado (sic), onde ele pegou de um cliente dele quase R$ 500 mil, porém, essas informações, nós conversamos com os familiares e está sendo levantado, tem possibilidade de ser a motivação do crime", relatou à imprensa.
Outro ponto destacado pelo policial foi o fato de que a família não permitiu que o delegado realizasse a apreensão do celular para que ele fosse periciado e assim pudesse encontrar possíveis mensagens de ameaças ou algo parecido. Ele destacou que entende que isso aconteceu devido a dor dos familiares e, que, em breve quando o luto passar, ele novamente buscará informações com os familiares.
O CRIME
A vítima foi morta no momento em que saia de seu escritório, no bairro Bosque da Saúde, ainda dentro do seu veículo. Uma caixa de isopor usada pelo acusado de matar o advogado foi encontrada na manhã desta quarta, nas proximidades do local do crime. O suspeito ainda não foi identificado e nem se agiu com mais pessoas. Cerca de dez disparos foram efetuados contra a vítiama e atingiram a região do tórax.
Segundo a polícia, Roberto tinha o costume de circular em um carro blindado que havia comprado há cerca de 5 anos, mas, na ocasião, não estava com o veículo. Os tiros foram feitos através do vidro do lado do passageiro.
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