A Arábia Saudita estabeleceu, diante da insistência iraniana de persistir com seu programa nuclear, uma parceria com o Paquistão por meio da qual esse reino árabe pode ter armas nucleares.
A informação foi divulgada pela rede britânica BBC, que ouviu fontes oficiais e concluiu, assim, que a monarquia saudita investiu no programa nuclear paquistanês para obter suas próprias armas, no que pode vir a ser o início de uma corrida de armamentos na região.
Uma fonte ligada à Otan (aliança militar ocidental) afirmou à rede que há armas nucleares feitas no Paquistão, a pedido da Arábia Saudita, prontas para a entrega.
A notícia não deve surpreender a Inteligência americana, já que o rei saudita Abdullah dizia, desde 2009, que iria buscar suas próprias armas nucleares caso o Irã obtivesse sua bomba.
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De acordo com a BBC, "a história do projeto saudita remonta a décadas". Nos anos 1980, esse reino comprou mísseis balísticos chineses. Em 1999 e 2002, o ministro de Defesa saudita visitou as instalações de pesquisa nuclear do Paquistão.
Havia, portanto, boatos a respeito desse acordo entre Arábia Saudita e Paquistão, negados porém pelas autoridades sauditas, que notavam que o reino assinou o Tratado de Não Proliferação e por diversas vezes condenou Israel por seu suposto arsenal nuclear.
As notícias a respeito do tratado saudita podem servir, por outro lado, para provocar os EUA e forçar a administração de Barack Obama a manter a pressão sobre o Irã, diante da retomada da diplomacia em torno do programa nuclear iraniano. Assim como Israel, a Arábia Saudita não quer um Irã nuclear.
A Arábia Saudita é vista como bastião do islamismo de vertente sunita, enquanto o Irã representa a seita xiita. Há, entre ambos os países, forte rivalidade pela geopolítica regional.
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