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Mundo Sexta-feira, 21 de Setembro de 2012, 08:40 - A | A

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Sexta-feira, 21 de Setembro de 2012, 08h:40 - A | A

PROTESTO

Protesto contra filme anti-Islã tem cinemas queimados no Paquistão

Incidentes em Peshawar e Rawalpindi deixaram 1 morto e 15 feridos

PORTAL G1

G1

Manifestantes incendiaram nesta sexta-feira (21) dois cinemas da cidade paquistanesa de Peshawar, em mais um protesto contra o filme anti-islâmico "A Inocência dos Muçulmanos", produzido nos Estados Unidos.

O motorista de uma equipe do canal de televisão ARY News foi atingido nas manifestações, não resistiu aos ferimentos e faleceu poucas horas depois.

Pelo menos 15 pessoas ficaram feridas nos confrontos entre a polícia e os manifestantes, incluindo o motorista, que chegou a ser levado para um hospital e respirava com a ajuda de aparelhos.

Um manifestante foi ferido por um tiro disparado por um segurança de um dos cinemas, que abriu fogo quando os manifestantes saquearam e colocaram fogo na sala.

Os 250 manifestantes seguiram para outro cinema, o Shama, que para alguns radicais exibe filmes considerados obscenos, e também saquearam e incendiaram o local.
Protestos também foram registrados na cidade de Rawalpindi, próxima de Islamabad.

As autoridades reforçaram a segurança nas principais cidades do Paquistão nesta sexta-feira, declarado "dia de amor ao profeta" para protestar contra o filme anti-islâmico "A Inocência dos Muçulmanos".

Também são esperados protestos em vários outros países muçulmanos.

As autoridades reforçaram a segurança nas principais cidades do Paquistão nesta sexta-feira, declarado "dia de amor ao profeta" para protestar contra o filme anti-islâmico "A Inocência dos Muçulmanos".

Também são esperados protestos em vários outros países muçulmanos.

Mais de 30 pessoas morreram nos últimos 10 dias nos países islâmicos, em incidentes e atentados motivados principalmente pela divulgação no Youtube de trechos do filme anti-islâmico.

Cerca de 100 iranianos protestaram em frente à embaixada da França em Teerã na quinta-feira.

As autoridades da Tunísia proibiram qualquer manifestação durante o dia, sob a alegação de estar a par de preparativos de atos de violência.

O governo islamita tunisiano, surgido da Primavera Árabe, teme agora ser alvo do salafismo jihadista, uma corrente extremista com crescente pregação social.

Outros incidentes foram registrados na Indonésia, o país com maior número de maometanos do mundo, onde manifestantes queimaram bandeiras dos Estados Unidos, França e Israel em protestos nas cidades de Medan (Sumatra) e Surabaya (Java).

O YouTube restringiu nos últimos dias o acesso ao vídeo "A Inocência dos Muçulmanos" em vários países, incluindo Líbia e Egito, onde começaram os protestos. Outros países, como Paquistão e Sudão, bloquearam por iniciativa própria as imagens.

O vídeo panfletário foi atribuído a extremistas cristãos dos Estados Unidos, mas o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, considera uma "conspiração israelense" que pretende "dividir (os muçulmanos) e provocar um conflito sectário".

Nos Estados Unidos, o vídeo permanecerá disponível, após a decisão de um juiz de Los Angeles que recusou o pedido de uma atriz que alegava ter sido enganada pelos produtores do filme.

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