"Sempre peço ao governo chinês: por favor, agora, investiguem minuciosamente. Qual é a causa desse tipo de coisa triste", disse o ganhador do Nobel da Paz a parlamentares japoneses.
Desde março de 2011, cerca de 60 tibetanos atearam fogo a si próprios em protesto contra o domínio chinês em sua região. Só nesta segunda-feira (12), dois tibetanos se autoimolaram.
Pequim diz que o Tibete, sob seu controle desde 1959, é parte integral da China, e que outros países que recebem o Dalai Lama estão interferindo indevidamente em assuntos internos chineses.
"O Dalai Lama é um exilado político que há muito tempo se envolve em atividades separatistas anti-China à guisa de religião", disse Hong Lei, porta-voz da chancelaria chinesa, em conversa diária com jornalistas.
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O Dalai Lama diz ser a favor de mais autonomia para o Tibete, mas não da independência.
As declarações do líder budista em Tóquio ocorrem num momento de crescente tensão entre Japão e China por causa da disputa por ilhas desabitadas no mar do Leste da China.
Enquanto o Partido Comunista realiza um congresso que está definindo a sucessão no regime chinês, o que acontece a cada dez anos, o Dalai Lama voltou a pedir reformas no país, citando como exemplo a liberalização econômica implementada há três décadas pelo dirigente Deng Xiaoping.
"Sempre expresso que os líderes deveriam seguir o conselho de Deng Xiaoping: buscar a verdade a partir do fato. Isso é importantíssimo", afirmou.
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