Israel disse que a operação, apelidada de "Amanhecer", não terminou e estava mirando a Jihad Islâmica em resposta a uma "ameaça iminente" após a prisão de Baha Abu al-Ata, outro militante do grupo na Cisjordânia, no início desta semana. Horas depois, em retaliação aos ataques, militantes palestinos lançaram uma enxurrada de foguetes em direção ao território israelense. A Jihad Islâmica alegou ter disparado 100 foguetes.
Israel proibiu reuniões em áreas de até 80 quilômetros da Faixa de Gaza e moradores de regiões próximas à fronteira foram instruídos a permanecer perto de abrigos antiaéreos. As travessias pela região já haviam sido proibidas dias antes por Israel, para prevenir as retaliações pela prisão de Abu al-Ata.
Conflito
Israel e Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, travaram vários confrontos nos últimos 15 anos a um grande custo para os 2 milhões de residentes do território palestino. O último ocorreu em maio de 2021 - 232 pessoas morreram do lado palestino e os ataques com foguetes lançados pelos militantes mataram 12 israelenses. Desde então, a tensão se deslocou para a Cisjordânia ocupada.
Tanto Israel quanto o Hamas haviam sinalizado que buscavam evitar outra guerra em larga escala no enclave, que vive um bloqueio israelense e egípcio desde 2007. Mas os ataques de ontem provocaram ameaças de grupos militantes palestinos e levantaram a possibilidade de um conflito prolongado.
Os ataques aéreos ocorreram após quase uma semana de crescentes tensões entre Israel e a Jihad Islâmica, que muitas vezes age independentemente do Hamas, o principal grupo militante palestino.
Defesa
Após os bombardeios de ontem, a Jihad Islâmica disse que responderá com força. "O inimigo iniciou uma guerra contra nosso povo. Precisamos nos defender", afirmaram os militantes, em comunicado. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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